Opinião

A corrida eleitoral em Minas Gerais

Como muitos tem percebido os acordos para as eleições em outubro estão a todo vapor. As estratégias eleitorais, pesquisas qualitativas e quantitativas para que cada candidato possa conhecer seu lugar no jogo e com quem deve fazer alianças estão sendo realizadas. 

E, por falar em pesquisa o Instituto VER divulgou o resultado da sua no dia 19 de abril. A amostra conta com 1500 entrevistas, a margem de erro é de ± 2,5% e o intervalo de confiança 95%. O método utilizado foi a entrevista face a face no período entre 14 e 17 de abril. 

O primeiro dado relevante é que o interesse nas eleições está aumentando. Em fevereiro 22% dos eleitores informa que havia “muito interesse por essa eleição” no mês de abril esse número aumenta para 29%. Há uma demonstração de que o eleitorado está em busca de informações que possa contribuir em sua decisão no momento de votar. Sendo assim, a campanha política começa a ser importante como fonte de informações.

No voto espontâneo, ou seja, naquele no qual não é mencionado o nome do candidato Romeu Zema aparece com 16%, sendo assim houve recuo já que em fevereiro essa quantia era de 22%. Alexandre Kalil, ex-prefeito de Belo Horizonte, saiu dos 3% e chegou aos 5%. Carlos Viana surge com 0,2%.

Já no voto estimulado, sendo aquele no qual os nomes dos candidatos são apresentados para os eleitores ocorre a seguinte situação: Romeu Zema aumentou de 41% para 44% na intenção de votos. Alexandre Kalil de 20% apareceu nessa pesquisa com 22% e Carlos Viana estava com 3% ficou com 5%. Os dois últimos aumentaram seus índices dentro da faixa de erro. 

Outra variável importante é a rejeição dos candidatos. Ela mostra se há possibilidade de os mesmos aumentarem suas chances de vitória no pleito. Nesse quesito, em fevereiro 25% dos eleitores diziam que “não votaria de jeito nenhum” em Romeu Zema já em abril o índice subiu para 32%. Com Alexandre Kalil o número saiu dos 19% e está em 32%, praticamente empatado com o atual governador. Carlos Viana foi o pré-candidato no qual houve maior variação subindo de 21% em fevereiro para 39% em abril. 

Analisando se o eleitor “não conhece o candidato o suficiente para votar” Romeu Zema estava com 5% em fevereiro e manteve os mesmos índices. Alexandre Kalil estava com 36% e atualmente está com 24% e Carlos Viana de 61% oscilou para 39%.

O que estes números demonstram?  Primeiro: que os eleitores estão se informando sobre os possíveis candidatos ao cargo de governador do Estado e, segundo que Alexandre Kalil e Carlos Viana tem mais espaço para crescimento durante o período eleitoral do que Romeu Zema. Lembrando que Tanto Romeu Zema quanto Alexandre Kalil obtiveram problemas em relação aos funcionários públicos a pouco tempo. Ambos enfrentaram greves. 

Os dados são piores para Romeu Zema devido duas situações que a pesquisa indica: na primeira, houve um aumento negativo na percepção das pessoas com relação ao seu governo. Os que aprovam sua forma de gerenciar o estado caiu de 69% em fevereiro para 65% atualmente. Na segunda com o apoio de Lula aumenta consideravelmente as possibilidades de vitória de Alexandre Kalil nas eleições em Minas Gerais.

A pesquisa foi registrada com o número:  MG-05267/2022.

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