Opinião

O impasse se concentrou na condução

Belo Horizonte - O ser humano desde sempre necessitou e procurou mecanismos para se organizar entre seus pares e acima de tudo vem a procura constantemente pelo domínio do outro. Dentre tais mecanismos destacam-se as instituições de modo geral. 

Todas as instituições, apesar de serem criadas pelas ações humanas, são perfeitas por natureza. E isso é inegável por parte de qualquer cidadão atento e que entende minimante a função e necessidade destas organizações. Quando ocorre o mal funcionamento de qualquer que seja a organização institucional, seguramente a anomalia não está concentrada em sua estrutura e sim no poderio de incapacitados e despreparados, que por algum motivo se tornam protagonista no quis diz respeito a sua condução. Para o bom funcionamento de qualquer que seja o órgão de utilidade pública, o ideal e coerente são direcionamentos de pessoas dotadas de um mínimo de talento para tais funções. 

Além disso, no auxílio em torno de toda e qualquer instituição deve permanecer pessoas que de uma maneira ou outra buscam de fato atenderem aos anseio da população. 

JULIO COUTO
Júlio Couto / Arquivo pessoal - 

O mais visível é que as nossas instituições de maneira geral são dirigidas por pessoas que em grande parte colocam como prioridade a suas próprias promoções e destaque totalmente voltadas para o individualismo. 

Evidentemente, na política, que dentre todas as outras é a instituição mais democrática, na qual a concentração de cidadãos não talentosos se destaca. Esta instituição certamente deveria, para o logro das demais, ser ocupada por pessoas que de fato a reconhecem e sabem de sua função social e a razão de sua existência. Pessoas que realmente têm o compromisso com os demais cidadãos e que de fato buscam de maneira natural a boa qualidade de vida para todos. 

Além disso, exploram a boa convivência; a harmonia, a administração humanitária que visa o interesse das pessoas de modo geral; o bom aproveitamento do recursos naturais; a criação e aplicabilidade de leis que realmente seja para todos; o reconhecimento na política como a verdadeira arte de governar e governar para o bem de todos. 

A responsabilidade na instituição política deveria obrigatoriamente ser no seu grau máximo de excelência, pois é sabido que as demais instituições são regidas por esta e não ao contrário.

Desse modo, as pessoas que buscam promoção por meio da política deveriam se prepararem ao máximo, no sentido de visarem a promoção do bem comum, para que possam se envolverem neste meio, primeiramente pelo prazer de cuidar e zelar das pessoas e não simplesmente pela parte atraente e rentável financeiramente. 

Nota-se que o meio político ainda necessita da participação de cidadãos talentosos que de uma maneira ou outra buscam auxiliar as pessoas em sua volta. A política é o lugar magnífico para esses sujeitos atuarem sem deixarem de lado a ética e a honra. 

Enquanto os bons cidadãos recusarem a participação na política sobrará no mundo espaço para atuação daquelas pessoas que de fato não têm o real compromisso de fazerem a arte de governar para o bem comum.

*Júlio Couto é professor na rede pública de ensino em Minas Gerais, com graduação em Letras pela PUC Minas.  

Comentários