Há tempos eu queria direcionar o foco relacionado à política para o nosso querido município de Itabira. Cidade maravilhosa que há anos não consegue emplacar um comandante ou um grupo condizente em prol real grandeza.
Sempre estou atento aos feitos político do município e com isso recentemente presenciei uma espécie de enquete em uma rede social que indagava aos seguidores sobre quem seria o próximo prefeito do nosso elegante e sofrido município. O surpreendente neste fato foi a apresentação de uma lista com sugestões de alguns nomes para que os usuários pudessem opinar e nesta listagem havia apenas um nome desconhecido e antes já aprovado pelas urnas.
É possível chegar a algumas conclusões em relação ao motivo de aparecer uma lista desta na qual constavam nomes de três pessoas que já tiveram oportunidades em dirigir o município, dentre eles o atual comandante. Aparecia também nomes de atuais vereadores.
Talvez por falta de opção, desconhecimento de outras pessoas capazes, vontade de se promover diante das pessoas ou até mesmo dificuldade em propor uma discussão com crítica e sugestão para o modelo de comando em que o município que se atracou levou esse usuário apresentar chamada enquete. Dizem que o ser humano é capaz de se adaptar a quase qualquer realidade.
Também pode ser pelo costume ao estilo de administração faz com que as pessoas permaneçam na zona de conforto no sentido de não se organizar objetivando a construção de nomes com melhor capacidade no que diz respeito inovação e desenvolvimento. Dentro deste ponto de vista é justificável o usuário da rede social propor uma consulta desta natureza sem levar em conta o número razoável da população do município.
É pertinente e proveitoso a construção de pensamento voltado e direcionado no sentido de se movimentar de modo coletivo os cidadãos que tenham conhecimento do real sentido da palavra política que possam e queiram levar suas contribuições em favor do rompimento com o modelo praticado. Que por sinal este modelo não tem oferecido à população a colheita de bons frutos. A discussão acalorada e sem prioridade com o exercício de busca de poder certamente poderá contribuir e muito com toda a população.
Além disso é necessário e prudente fazer o aproveitamento de algumas referências, tanto de alguns políticos como de suas ações e a partir daí arquitetar um modelo, seja ele duradouro ou não, que de fato esteja voltado para a realidade e a promoção do bem comum.
Nesta mesma linha de raciocínio é preciso agradecer a contribuição dos ex-ocupantes de cargo político, mas a sensatez deixa claro a necessidade de aparecimento de novas lideranças que estejam desatreladas com o individualismo e que busquem praticar o que realmente diz a literatura sobre a arte política.
O passado nos serve de referência para que possamos fazer julgamentos e tomar decisões sobre o que não fazer e assim buscar aquilo que é necessário praticar para o bom desenvolvimento voltado para o bem da população.
Por certo, no quesito administração pública quando pensamos no que é menos pior e a nossa indisposição em unirmos e levarmos a nossa contribuição chegamos a conclusão que é melhor escolher o passado e sentir saudades deste passado.
Dentro desta ótica, realmente é necessário fazer uma avaliação melhor sobre o atual prefeito e os dois ex e trazer de volta aquele que a mais tempo está fora do poder.
Penso que esta não seja a melhor saída, pois os erros e acertos do passado podem nos ensinar muito mais quando estes são discutidos dentro de um grupo que realmente propõe colocar o município nos trilhos do desenvolvimento.
O nosso sistema político é inteligente e louvável no sentido de os cargos serem eletivos e rotativos. E isso dá a cada eleitor a oportunidade em consertar um possível erro.
De modo semelhante este mesmo sistema favorece um bom gestor para que ele tenha uma segunda oportunidade e possa contribuir um pouco mais com sua capacidade e visão política.
Em se tratando de nossa amada cidade de Itabira, penso que essa terra, já antes privilegiada por recursos naturais e agraciada também pela boa localização dentro do espaço geográfico, como proximidade com a capital administrativa do estado, cidade polo da região, ladeada por uma rodovia federal ligando ao mar e com distância relativamente pequena deve ser melhor cuidada por uma equipe realmente preparada e que coloque o município dentro daquilo que seja justo.
*Júlio Couto é professor na rede pública de ensino em Minas Gerais, com graduação em Letras pela PUC Minas.
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