A nobreza do serviço público é louvável por parte de qualquer indivíduo que de fato tenha a sensatez de entender o quanto as pessoas devem ser tratadas com equidade.

É muito interessante e atraente a estrutura pública voltada para atender a cada pessoa no momento de sua real e visível necessidade, seja ela qual for.

A designação e atuação de cada cargo e função pública seguindo a regulamentação dentro da estrutura de poder é bastante interessante gloriosa. O trabalho de qualquer servidor público se torna admirável e espetacular quando de fato este trabalho é colocado em prática obedecendo e respeitando as atribuições e teoria do cargo.

Muito interessante a excelência no serviço público quando por exemplo, o médico se preocupa e se dedica ao cuidado com a saúde das pessoas, independente de quem seja; o policial se empenha na busca da segurança de cada cidadão; o professor busca sempre desempenhar sua função voltada para o auxílio e selo na construção de conhecimento na vida de cada estudante; o bombeiro se esforça ao máximo para salvar vidas. 

De maneira contrária é triste e desastroso quando qualquer servidor público faz uso do cargo apenas em favor de sua própria promoção e benefício. Aproveita de sua posição de privilégio na hierarquia e faz desta colocação arma contra aqueles não considerados afins. 

Do mesmo modo e muito nocivo o servidor diante de seu ofício prejudicar os menos favorecidos dentro da ordenação ou também qualquer outro cidadão quando este vai em busca de atendimento no serviço público. Serviço este que em tese deve ser prestado pelo servidor, mas este por algum motivo voltado para o quesito pessoal não cumpre de fato com sua missão de servir sem escolher quem está sendo servido.

Da mesma maneira, também é absurdo e estarrecedor o sujeito exercendo a função pública e por estar em uma posição de liderança ou comando fazer uso deste assento com a finalidade de criar e apossar de situações inverídicas para interferir negativamente na vida de outros servidores. A consequência do ego do servidor que age neste sentido não favorece e nem colabora em nada em benefício do desempenho e funcionamento do serviço público. Este ego tem o poder enorme de comprometer negativamente a qualidade do serviço público. 

Além disso, não menos prejudicial há risco e probabilidade daqueles atormentados se desalinharem do grupo criando força antagônica interna e esta força na prática não é benéfica. 

Por fim, qualquer organização, na prática, para seu bom funcionamento deveria ter sua concentração focada em um grupo coeso e com foco definido na excelência na entrega da empreitada. Deste formato, os serviços públicos atendem o aceitável funcionamento buscando agradar as pessoas de modo geral e não apenas um sujeito que deseja destacar o seu ego.

^{*Júlio Couto é professor na rede pública de ensino em Minas Gerais, com graduação em Letras pela PUC Minas.}