Lula se reúne com líderes do Suriname e de Papua-Nova Guiné na COP30
Encontros abordaram cooperação climática, agricultura sustentável e o Fundo Florestas Tropicais para Sempre
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva se reuniu, nesta quarta-feira (5), em Belém (PA), com a presidente do Suriname, Jennifer Geerlings-Simons, e com o primeiro-ministro da Papua-Nova Guiné, James Marape, durante a Cúpula de Líderes da COP30. As conversas tiveram como foco a cooperação ambiental, o financiamento climático e o fortalecimento do Fundo Florestas Tropicais para Sempre (TFFF), iniciativa liderada pelo Brasil.
A presidente Geerlings-Simons destacou que o Suriname é um dos três países carbono-negativos do mundo, com mais de 90% de seu território coberto por florestas, e formalizou a adesão ao TFFF. Ela também expressou interesse em ampliar a cooperação bilateral nas áreas de agricultura sustentável e políticas sociais, mencionando o Bolsa Família e as pesquisas desenvolvidas pela Embrapa como modelos de sucesso.
Lula parabenizou Geerlings-Simons por ser a única mulher atualmente à frente de um país sul-americano e ressaltou a importância da parceria com o Suriname. Segundo o presidente, Brasil e Suriname já realizaram mais de dez encontros de alto nível desde 2023. Ele também reiterou o compromisso de expandir a integração viária e elétrica entre os dois países e indicou a ministra Simone Tebet para representar o Brasil nas comemorações dos 50 anos de independência surinamesa, em 25 de novembro.
Durante a reunião com James Marape, Lula destacou o papel de países tropicais na conservação ambiental. O primeiro-ministro, que participa pela primeira vez de uma COP, defendeu que a agenda das florestas seja colocada no centro do debate climático global e manifestou apoio formal ao TFFF.
Marape também anunciou que a Papua-Nova Guiné abrirá uma embaixada em Brasília, e convidou o Brasil a instalar uma missão diplomática em Porto Moresby. Lula respondeu que avalia uma visita de trabalho ao país para aprofundar a cooperação em áreas como agricultura, energia e mercados de carbono.
As conversas em Belém reforçam o protagonismo do Brasil na pauta ambiental e a articulação entre países tropicais para buscar financiamento internacional e políticas conjuntas de preservação das florestas.
Comentários