Rio Bonito do Iguaçu tenta se reerguer após destruição causada por ventos de 330 km/h
Moradores relatam momentos de desespero e ações de reconstrução já começaram com apoio do governo estadual e voluntários
A cidade de Rio Bonito do Iguaçu, no centro-sul do Paraná, tenta se reconstruir depois da passagem de ventos que ultrapassaram 330 km/h e deixaram um rastro de destruição. Casas, escolas e comércios foram atingidos. O cenário é de escombros e solidariedade.
Um dos moradores mais antigos da cidade, José Sabatino Filho, de 89 anos, ainda tenta entender o que aconteceu.
“Foi questão de um minuto. Eu só ouvi o estouro, e começou a cair telha, cair tudo. Minha mulher se jogou embaixo da mesa, e eu encostei na parede. Correr pra onde? Levei as mãos na cabeça e esperei passar”, contou. A casa dele, localizada no centro, ficou totalmente destruída. Cinco outras residências atrás da sua também vieram abaixo.
Outro morador, Cleiton Wieczorkovski, estava fora quando o vendaval atingiu a cidade. “Na entrada da cidade, eu falei pra minha esposa: ‘Olha, o posto tá destruído’. Nisso passou aquele redemoinho preto, destruindo tudo. A minha casa foi abaixo. Não tinha o que fazer”, relatou.
Entre os prédios atingidos, está o ginásio de um dos principais colégios estaduais, que desabou por completo. O prédio da escola também ficou inutilizado. Segundo o governo do Paraná, a reconstrução do colégio começa na próxima segunda-feira (17) e a previsão é que volte a funcionar até fevereiro de 2026. A recuperação do ginásio virá em uma segunda etapa.
Enquanto as obras não começam, os esforços se concentram em ajudar as famílias. Mais de 1,3 mil pessoas já se cadastraram para receber apoio financeiro e material. Pontos de doação foram montados em vários locais da cidade.
A voluntária Simone Regina Cosseau explica as principais necessidades: “O que mais pedem são produtos de limpeza, baldes, rodos, vassouras e fraldas tamanho extra G. Quem está ajudando na limpeza também precisa de protetor solar, porque está muito quente”.
Cidades vizinhas, como Cascavel, enviaram equipes e doações. Com a previsão de chuva, o Exército montou dez barracas na área urbana para abrigar famílias que ainda não conseguiram voltar para casa.
Mesmo com os danos materiais, o clima entre os moradores é de reconstrução e ajuda mútua.
*Com informações da Agência Brasil
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