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O GENIAL, WOODY ALLEN

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Rio de Janeiro - Outro dia, um leitor me perguntou qual diretor de cinema eu mais admirava. Respondi: Woody Allen.

Sou tão fã do cineasta que tenho um filho chamado Woody e uma filha chamada Annie, por causa de “Annie Hall”, seu filme de 1977. Mas, não só por ele ter feito "Annie Hall” (1977); “Manhattan” (1979); “Bananas” (1971); "Um Assaltante Bem Trapalhão” (1969); "O Dorminhoco" (1973); "Memórias" (1980) e "Meia Noite em Paris" (2011), entre outros.

Na verdade, gosto mais do escritor do que do diretor. Woody Allen começou a carreira escrevendo sketches de humor e piadas para a televisão e para shows de stand up. No início, em Nova York, seu grande sonho não era ser Charlie Chaplin ou Buster Keaton, mas o de ser o novo Robert Benchley ou S. J. Perelman.

Tão bom quanto assistir os filmes de Woody Allen, é ler seus textos cheios de humor e ironia. Seus livros fazem tanto sucesso de público e crítica quanto seus filmes e a prova disso são as grandes tiragens que alcançaram “Cuca Fundida”, “Sem Plumas”, “O Nada e Mais Alguma Coisa” e “Que Loucura!”, todos editados pela L&PM Editores.

Além de colaborar frequentemente com o jornal “The New York Times” e a revista “The New Yorker”, Woody Allen também já escreveu duas peças de grande sucesso: “Don´t Drink the Water” e “Play it Again, Sam”, Allen toca clarinete às segundas-feiras no “Michael´s Pub" com sua banda de jazz.

Mas, o melhor de Woody Allen, são suas frases, tão engraçadas quanto cruéis. Eis algumas:

“Os homens aprendem a amar as mulheres quando se sentem atraídos por elas. As mulheres aprendem a sentir-se atraídas quando se apaixonam pelos homens”.

“Sexo sem amor é uma experiência sem significado, mas enquanto experiência sem significado é mesmo muito boa”.

“Eu não sei qual é a pergunta, mas o sexo é definitivamente a resposta”.

“A diferença entre o sexo e o amor é que o primeiro liberta tensões, enquanto o segundo as causa”.

“Querida, foi você que deixou de dormir comigo, sim? Vai fazer um ano no dia 20 de abril. Lembro-me porque era o aniversário do Hitler”.

“Eu sou um bom amante porque pratico o amor em mim mesmo”.

“Eu estava com náuseas e tremendo-me todo. Ou estava apaixonado ou estava com varíola”.

“O casamento é a morte da esperança”.

“Será o sexo algo sujo? Apenas se for muito bem feito”.

“Não menosprezem a masturbação. É fazer sexo com alguém que se ama”.

“Só há um tipo de amor que prevalece: o não correspondido”.

“Eu não tenho medo da morte, apenas não quero estar lá quando ela acontecer”.

“E se nada existir e estivermos todos no sonho de alguém?”

“Se você não falhar uma ou outra vez é porque não está fazendo nada muito inovador”.

“A liberdade é o oxigênio da alma”.

“A vida está cheia de miséria, solidão, sofrimento – e tudo acaba cedo demais”.

“Todas as pessoas sabem a mesma verdade. As nossas vidas consistem em como escolhemos distorcê-la”.

“Não acredito na vida depois da morte, mas mesmo assim trouxe uma peça a mais de roupa intima”.

“Na próxima vida eu quero começar a viver ao contrário. Começar na morte e acabar num orgasmo”.

“Este ano sou uma estrela, mas o que vou ser no próximo ano? Um buraco negro?"

“Eu não quero alcançar a imortalidade através do meu trabalho. Eu quero alcançá-la não morrendo”.

“A vida não imita a arte. A vida imita a televisão”.

“Você pode viver até aos 100 anos se abandonar todas as coisas que te fazem querer viver até aos 100 anos”.

“Se quiser fazer Deus rir, conte-lhe os teus planos”.

“Parecia que o mundo estava dividido em boas pessoas e más pessoas. Os bons dormiam melhor, enquanto os maus pareciam aproveitar muito melhor as horas acordados”.

“Há coisas bem piores na vida do que a morte. Alguém já passou um final de tarde com um vendedor de seguros?”.

“Em Beverly Hills eles não jogam o lixo fora. Transformam-no num programa de televisão”.

“Se ao menos Deus me desse um sinal claro… Como fazer um grande depósito em meu nome num banco suíço”.

“Fico impressionado com as pessoas que querem conhecer o Universo quando já é tão difícil encontrar um caminho em Chinatown”.

“Eu devia ir até Paris para me atirar da Torre Eiffel. Se fosse no Concorde, morria três horas antes”.

“Durante a maior parte do tempo não tenho muita graça. No resto do tempo não tenho graça nenhuma".

“Em minha casa, eu sou o chefe. A minha mulher é só quem toma as decisões”.

“O cérebro é o meu segundo órgão favorito”.

“A realidade é dura, mas é o único lugar onde se pode comer um bom bife”.

“Eu acredito que há alguém por aí olhando para nós. Infelizmente, é o governo”.

“E se for tudo uma ilusão e nada existir realmente? Nesse caso, definitivamente paguei a mais pela meu carpete”.

“A última mulher em que eu estive foi a Estátua da Liberdade”.

“O meu único arrependimento na vida é não ser outra pessoa”.

Ediel Ribeiro (RJ)

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Ediel Ribeiro é carioca. Jornalista, cartunista e escritor. Co-autor (junto com Sheila Ferreira) do romance "Sonhos são Azuis". É colunista dos jornais O Dia (RJ) e O Folha de Minas (MG). Autor da tira de humor ácido "Patty & Fatty" publicadas nos jornais "Expresso" (RJ) e "O Municipal" (RJ) e Editor dos jornais de humor "Cartoon" e "Hic!". O autor mora atualmente no Rio de Janeiro, entre um bar e outro.

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