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ODE À LAILA  E A LENDA DA PONTE DO ARCO-ÍRIS

Reza a lenda que quando os anjos de quatro patas (e qualquer outra criatura que amamos) se despedem de nós e, com um suspiro, deixam escapar o seu último adeus, atravessam a Ponte do Arco-íris. 

Do outro lado desta ponte há campos e colinas nos quais os animais podem correr, brincar e aproveitar a sua inocência.

Dizem que ali, do outro lado da Ponte do Arco-íris, existe suficiente espaço, comida e sol para que todos se sintam bem. Além disso, segundo essa lenda, todos os que estiveram doentes, foram mutilados ou cruelmente machucados, têm a sua saúde restaurada e transbordam de alegria.

Segundo esta lenda lindíssima, nossos amigos estão contentes e satisfeitos, mas sentem saudades de alguém especial que deixaram do outro lado da Ponte do Arco-íris. Por isso, de repente, enquanto todos correm e brincam, algum deles se detém e crava o seu olhar brilhante no horizonte.

O reencontro de nossas almas segundo esta lenda
Seu corpo estremece e com grande emoção se separa do seu grupo correndo através do campo rapidamente. Eles nos vêm na metade da ponte e vão correndo velozmente para nos receber. Reza a lenda que então, humanos e animais, amigos da alma, se reúnem e nunca jamais se separam.

Suas línguas úmidas lambem nossos rostos e nossas mãos acariciam esses anjos de quatro patas tão amados. Então, segundo a lenda, permanecemos unidos por toda a eternidade através de um olhar sábio mútuo, cheio de amor e de nobreza.

Esta lenda enche nossos corações de esperança diante da perda dos nossos animais amados. Ela nos ajuda a compreender de forma metafórica que quando um animal vai embora deste mundo, permanece em nossos corações mesmo que não se possa mais desfrutar do seu aconchego fisicamente.

Mesmo que eles partam deste mundo, eles permanecem cúmplices, fiéis e amorosos nos nossos corações.

cadelinha laila


Extraído: https://amenteemaravilhosa.com.br/lenda-ceu-animais-de-estimacao/

Ediel Ribeiro (RJ)

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Coluna do Ediel

Ediel Ribeiro é carioca. Jornalista, cartunista e escritor. Co-autor (junto com Sheila Ferreira) do romance "Sonhos são Azuis". É colunista dos jornais O Dia (RJ) e O Folha de Minas (MG). Autor da tira de humor ácido "Patty & Fatty" publicadas nos jornais "Expresso" (RJ) e "O Municipal" (RJ) e Editor dos jornais de humor "Cartoon" e "Hic!". O autor mora atualmente no Rio de Janeiro, entre um bar e outro.

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