Contagem - Na convenção nacional do Partido Liberal, Jair Messias Bolsonaro fez um discurso político/religioso. Primeiro elegeu o comunismo como inimigo político e, uma dor na qual não deseja que o brasileiro passe. Este inimigo inexistente, mas sempre vivo na memória do povo. Se posiciona como um Davi enfrentando um Golias ao mencionar sua história política e a trajetória que o levou à presidência.
Com a frase “estado forte, povo fraco” elege seu plano de governo: o estado mínimo. Sendo assim, caso vença as eleições, o segundo mandato será semelhante ao primeiro, ou seja, com o mercado livre para ditar as regras da economia. A população já está observando em suas vidas diárias o resultado dessa política econômica.
Ao falar da irmandade entre os poderes Executivo e Legislativo não menciona os acordos com o centrão e perda de parte expressiva do orçamento para o atual presidente da Câmara dos Deputados Arthur Lira. Também não declara nada sobre o denominado orçamento secreto. Com tom de voz elevado, menciona o Supremo Tribunal Federal poder com o qual mantém uma guerra intima, seus apoiadores vaiam a instituição judiciária.
Com relação ao momento de isolamento social comentou sobre sua escolha para manter a economia funcionando e ser contra a política do “fique em casa”. Segundo Bolsonaro, foi seu governo que criou o auxílio emergencial. Não disse ter sido fruto da insistência da Câmara dos Deputados, naquele tempo com a presidência de Rodrigo Maia seu desafeto político.
O uso da imagem de Michelle Bolsonaro, sua esposa, para comunicar com as mulheres e tentar aumentar os índices nas pesquisas eleitorais do voto feminino foi necessário. Ela produz sua entrada nas igrejas principalmente neopentecostais. A fala de Michelle foi religiosa/política. Segundo ela, Bolsonaro é um escolhido de Deus e o Brasil com ele é uma terra santa.
A escolha da união da política com a religião surgiu efeito em 2018, a luta do bem contra o mal é uma escolha para o atual momento. Até agora Jair Bolsonaro tem perdido nesse jogo para seu principal adversário: Luís Inácio Lula da Silva.
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