Rio de Janeiro - Confesso. Só agora tive tempo para me debruçar sobre a obra do Duayer. Seu novo livro, “Salve-se Quem Puder”.
Li de cabo a rabo.
O livro, além de divertido, é útil para quem quer entender o processo político brasileiro, da época, e conhecer um pouco mais sobre a censura e a história do humor gráfico no país.
A obra mergulha no submundo do jornal “O Pasquim”, através da lente e da pena do Duayer, fotógrafo e cartunista do jornal em sua melhor fase.
Mineiro da cidade de Tombos, Duayer pertence a safra de cartunistas mineiros de onde saíram Henfil, Nani, Ziraldo, Zélio, Lor, Nilson e outros.
Chegou ao “O Pasquim” em 1973, para trabalhar como fotógrafo. Seu talento para o desenho foi descoberto pelo Henfil, que encontrou alguns de seus desenhos na lata de lixo do arquivo, que ficava o setor fotográfico, onde Duayer trabalhava e desenhava, nas horas de folga.
O livro editado pelo jornalista Francisco Ucha, é ricamente ilustrado com fotos e desenhos que haviam sidos jogados fora quando o tablóide acabou. Duayer catou no lixo e guardou - inclusive alguns com os famigerados “xis” da censura.
Merecem um capítulo à parte os textos dos cartunistas Jaguar e José Alberto Lovreto (JAL), apresentando o autor, no miolo e na orelha do livro.
“Salve-se Quem Puder” é uma obra que, com toda certeza, vai apaixonar jornalistas, cartunista, estudantes de comunicação e todos que se interessam pela história da imprensa alternativa no Brasil.
Mergulhem fundo! E salve-se quem puder!!
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