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Imagem de São Miguel Arcanjo é devolvida à Matriz de São Romão, no Norte de Minas

​Obra sacra havia sido apreendida pela Polícia Federal em São Paulo, em 2003

Campanha para recuperação do patrimônio cultural, feita pelo Iepha-MG e pelo Ministério Público, ajudou a fazer com que obra retornasse para a comunidade de origem. (Leandro Henrique / Iepha-MG)

Após 30 anos, a Matriz de São Romão, no Norte de Minas de Gerais, receberá de volta a imagem sacra de São Miguel Arcanjo. A devolução da peça em madeira policromada dourada, de mais de um metro de altura, ocorreu nessa quinta-feira (12/3), na sede do Instituto Estadual do Patrimônio Histórico e Artístico de Minas Gerais (Iepha-MG). Furtada na década de 1990 e apreendida em 2003 pela Polícia Federal em São Paulo, a obra ficou sob a guarda do Iepha-MG e estava no acervo do Museu Mineiro.

A restituição de exemplar do século XIX, contou com as presenças de dom José Moreira, bispo da diocese de Januária, da coordenadora da Promotoria Estadual de Defesa do Patrimônio Cultural e Turístico do Ministério Público de Minas Gerais, Giselle Ribeiro de Oliveira, e da presidente do Iepha-MG, Michele Arroyo. “Receber essa imagem é um privilégio, pois ela faz parte da história de São Romão e do Norte de Minas”, relata dom José.

A presidente do Iepha destaca a relevância da devolução da peça sacra ao seu local de origem. “A imagem de São Miguel Arcanjo está sendo entregue para que volte a compor o acervo da Matriz de São Romão, e para que os fiéis e visitantes tenham acesso ao patrimônio cultural de Minas Gerais”, comemora Michele. A ação teve como parceiros o Ministério Público (MPMG) e o Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan). 

A promotora Giselle Ribeiro de Oliveira afirma que a campanha para recuperação do patrimônio cultural, feita pelo Iepha-MG e pelo Ministério Público, ajudou a fazer com que a obra retornasse para a comunidade de origem. “Buscamos esses bens desaparecidos e divulgamos as obras que são encontradas para que as pessoas as identifiquem. Esses vestígios materiais da história, da identidade local são muito significativos e não podem ficar presos com pessoas que indevidamente se apropriam deles”, frisa.

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