Ontem, no Lapa Café, durante o lançamento da edição número 8 do jornal “Mais Humor”, estávamos, eu e o Nani, conversando sobre antigas histórias do “O Pasquim” e lembramos do Zé Dassilva, cartunista nascido em Santa Catarina e radicado no Rio de Janeiro.
Nani desenhava num guardanapo - mania de cartunista - enquanto conversávamos e, coincidentemente, a história profissional do Zé Dassilva começou com uma caricatura desenhada num guardanapo.
Tudo começou num show da Banda Eva. Numa mesa perto do Zé estava o diretor da RBS em Santa Catarina, Pedro Sirotsky, ele fez uma caricatura dele e entregou ao diretor.
“Você sempre faz esses desenhos?”, perguntou o Pedro. “Sim, vivo disso”, respondeu o Zé.
No dia seguinte, lá estava o Zé Dassilva na porta do jornal Diário Catarinense com uma pasta preta cheia de cartuns.
Alguns meses depois, foi chamado pelo Cláudio Thomas, então diretor-chefe do DC, para fazer charges na página do colunista esportivo J.B. Telles, que estava cobrindo a Copa do Mundo da França.
Em agosto de 1998, após esse período de testes como chargista esportivo, Zé Dassilva foi efetivado.
E lá se vão 22 anos no Diário Catarinense.
Zé Dassilva é o caçula de uma família de 13 irmãos. Filho de um ex-bicheiro, mineiro e motorista de táxi e de uma ex-freira que largou o hábito para casar.
Nascidos no interior, todos foram registrados depois de adultos e, por razões ignoradas, adotaram sobrenomes diferentes.
Ao menino José Júnior coube o sobrenome Silva, herdado do pai, e logo adaptado para Zé Dassilva no início da carreira de desenhista.
Zé Dassilva é cartunista, jornalista, escritor e roteirista. Começou a desenhar aos cinco anos e jamais parou. Aos 20, recebeu o diploma de graduação no curso de jornalismo na UFSC. Nessa mesma época publicou sua primeira charge no jornal “O Estado”, publicou ainda nos jornais “Folha de S. Paulo” “Pasquim” e “Zero Hora”. É chargista do Diário Catarinense desde 1998.
Depois disso, se mudou com a mulher grávida para o Rio de Janeiro onde fez pós-graduação em cinema-documentário na Fundação Getúlio Vargas e participou de um concurso de roteirista promovido pela TV Globo.
Autor-roteirista da TV Globo desde 2000, Zé já escreveu para séries humorísticas como Casseta & Planeta, Sai de Baixo e Sob Nova Direção. Foi colaborador de Aguinaldo Silva nas novelas “Império” e “O Sétimo Guardião”. Na emissora, também foi redator-final em “Linha Direta”, fez duas temporadas de “Malhação”.
Em 2012, publicou o livro de charges “Riscando o Ano”. Além disso lançou o blog “Chiclete pro Cérebro, onde publica as charges que faz para o DC e , eventualmente, alguns textos.
Nas palavras do Zé, matérias que estimulam a mastigação craniana.
Comentários