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O BOM DO MAU HUMOR - parte IV

RIO - Adoro frases. A frase é a poesia sintética. 

Durante anos reuni frases, textos e citações onde reflito sobre tudo - às vezes crÍtico, às vezes cáustico - sem nenhuma condescendência e com fortes doses de bom humor.

São mais de oitocentas frases postadas no site Pensador (pensador.com/colecao/ediel)

E como sei que você - leitor - não vai lá. É longe, eu sei. Resolvi publicar aqui, à guisa de crônica.

O tempo não cura nada. Mas te afasta do incurável.

Éramos EU e VOCÊ. Agora, somos NÓS.

Toda mulher é linda, se você olhar com o olhar apaixonado. 

ilustração Ediel Ribeiro
foto: ilustração do Ediel

A criação é uma coisa muito erótica. A vida é vulgar.

Tem pessoas que te enchem. Outras, te preenchem.

O ódio mantém mais casamentos que o amor. Quem odeia não quer ver o outro feliz. Daí, a insistência em permanecerem infelizes juntos."

Todo artista tem o ego muito grande. Alguns, o talento, também.

A entrada de serviço é o último estágio do preconceito.

O povo segue os líderes. O sábio, segue as idéias. 

Alguém que desiste de você porque você não é perfeito, um dia vai sentir falta dos seus defeitos. "

O mistério do amor é que é ele quem te escolhe, e não você que escolhe ele.

Nenhum personagem é livre. O autor, sim.

Estou proibido de frequentar botecos com o meu fígado.

O preconceito transforma a diferença em defeito.

Mulher diz tudo o que sente. E quando se cala, diz mais ainda - sem dizer nada."

Escritor é alguém que pega suas tristezas, angústias e ansiedades...e vende."

No final, o que resta é uma coleção de cicatrizes. As que você ganhou lutando por amor, são as únicas que não trarão arrependimento."

Para todos que disseram que eu não chegaria lá. E que não estavam lá, quando eu cheguei.

Não tenho medo de ficar velho. Tenho medo de não ficar velho.

A vida é como o amor. No começo, há o fogo. No final, há paz. Mas é no meio que arde.

Quem inventou o amor? De uma coisa eu sei: quem o tornou tão grande assim, foi você.

Nascemos e morremos sozinhos. Mas, viver sem um amor é a pior parte da vida.

Existem várias formas de fazer amor. Eu prefiro todas.

O escritor tira tudo na vida, de letra.

Estou apaixonado. A culpa é sua. Foi você que começou.

O governo Bolsonaro é o melhor. Ao menos, para nós, humoristas.

O Pasquim saiu das bancas para entrar para a história.

Politicamente correto é um idiota calado.

O tempo é amigo e inimigo. Finja que ele não existe. O tempo, ele mesmo, é um fingidor.

Felicidade é um conceito subjetivo e abstrato demais para ser medido.

Esperança é a única que morre.

O maior inimigo do amor é o medo.

No futuro, você saberá que é pobre, se não tiver tornozeleira eletrônica.

Existem dois tipos de cansaços: quando precisamos dormir e quando precisamos de paz."

Já trabalhei com Buster Keaton. Escrevi os diálogos de um filme mudo dele.

A liberdade, nos Estados Unidos, é uma estátua.

Não há nada mais duradouro que o amor, nem a vida.

Os ditadores podem prender um escritor. Mas não podem prender suas palavras.

A televisão nunca substituirá totalmente o jornal. Você não pode matar uma mosca com ela.

A literatura é uma amante passional. O escritor tem que dormir e acordar com ela.

Impossível é aquilo que não tentamos.

Nunca é totalmente louco o que fazemos por amor. Nas loucuras da paixão sempre há uma doce sanidade.

As mulheres são tão complicadas que até quando o passarinho verde aparece para elas, não é o tom de verde que elas querem."

Ninguém deve ter receio de amar...O amor, às vezes, causa dor. Mas o que seria da vida sem a dor de amar?

A poesia é sempre e de alguma forma linda. Daí vem a beleza do poeta."

Prefiro ser quem eu sou, do que fingir que sou quem não sou, só para me encaixar em qualquer sistema.

O vermelho não é a cor da paixão. É a cor do sangue. A cor do medo.

Ediel Ribeiro (RJ)

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Ediel Ribeiro é carioca. Jornalista, cartunista e escritor. Co-autor (junto com Sheila Ferreira) do romance "Sonhos são Azuis". É colunista dos jornais O Dia (RJ) e O Folha de Minas (MG). Autor da tira de humor ácido "Patty & Fatty" publicadas nos jornais "Expresso" (RJ) e "O Municipal" (RJ) e Editor dos jornais de humor "Cartoon" e "Hic!". O autor mora atualmente no Rio de Janeiro, entre um bar e outro.

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