Rio - Vivo perdendo avião.
Vivo perdendo chaves, carteira, senhas - tenho uma coleção delas, que logo são substituídas quando esqueço a anterior.
Sou totalmente esquecido. De tudo.
Não lembro do aniversário dos meus filhos, da minha namorada nem das ex-mulheres, principalmente, o que, frequentemente, tem me causado sérios aborrecimentos.
Mas, curiosamente, não esqueço as letras das canções de Tom Jobim.
Como não recordar de “Wave”, “Chega de Saudade”, “Samba do Avião”, “Eu Sei Que vou Te Amar”, “Garota de Ipanema” e “Águas de Março”?
A música - principalmente as grandes canções - é como o amor: ficam para sempre em nós.
Nem todo mundo vai se lembrar que, hoje, faz exatamente 25 anos que o maestro nos deixou.
Mas todo mundo sempre vai lembrar de “Teresa da Praia”, “Se Todos Fossem Iguais a Você”, “Corcovado”, “Só Danço Samba” e muitas outras.
A arte é o que nos torna imortais.
Um dia, alguém ainda vai explicar a arte e terá, talvez, explicado a imortalidade.
O artista morre, sua arte, não.
Tom Jobim vive!
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