Coluna

O BOM DO MAU HUMOR - parte II

Arte: Ediel Ribeiro

Rio - Adoro frases. A frase é a poesia sintética. 

Durante anos reuni frases, textos e citações onde reflito sobre tudo - às vezes crÍtico, às vezes cáustico - sem nenhuma condescendência e com fortes doses de bom humor.

São mais de oitocentas frases postadas no site Pensador.com (pensador.com/colecao/ediel) 

E como sei que você - leitor - não vai lá. É longe, eu sei. Resolvi publicar aqui, à guisa de crônica.

Existem dois tipos de cansaço: quando precisamos dormir e quando precisamos de paz.

Já trabalhei com Buster Keaton. Escrevi os diálogos de um filme mudo dele.

A liberdade, nos Estados Unidos, é uma estátua.

Não há nada mais duradouro que o amor; nem a vida.

Os ditadores podem prender um escritor. Mas não podem prender suas palavras.

A televisão nunca substituirá totalmente o jornal. Você não pode matar uma mosca com ela.

A literatura é uma amante passional. O escritor tem que dormir e acordar com ela.

Impossível é aquilo que não tentamos.

Nunca é totalmente louco o que fazemos por amor. Nas loucuras da paixão sempre há uma doce sanidade.

As mulheres são tão complicadas que até quando o passarinho verde aparece para elas, não é o tom de verde que elas querem.

Ninguém deve ter receio de amar...O amor, às vezes, causa dor. Mas o que seria da vida sem a dor de amar?

A poesia é sempre e de alguma forma linda. Daí, vem a beleza do poeta.

Prefiro ser quem eu sou, do que fingir que sou quem não sou, só para me encaixar em qualquer sistema.

O vermelho não é a cor da paixão. É a cor do sangue. A cor do medo.

Depois que acabo uma obra, não me preocupo se ele vai vender ou não. Sou escritor, não sou vendedor de livros.

O amor é a soma de dois desejos.

Destino é o encontro da ocasião com a determinação.

Sempre disse o que penso. Nunca gostei de gente sem personalidade, medrosa, sem atitude e sem opinião. Talvez por isso, desperte amor e ódio. Me amam ou me odeiam.

É importante arriscar porque é impossível estar certo o tempo todo. O fracasso é parte do sucesso.

Você sempre vai encontrar o grande amor da sua vida. Cedo ou tarde. Às vezes, tarde demais.

Todos precisamos de um pouco de poesia pra sonhar. É o que nos livra da dor da realidade.

Quando você nasce, sua vida é um livro em branco que você vai preenchendo pouco a pouco, dia a dia. O que você vai pôr nele é que vai definir se você vai ser bom ou mau; e até que página você vai chegar, é uma questão de sorte ou azar.

Muitas pessoas abandonam o desenho porque não conseguem desenhar uma árvore como ela realmente é. Mas arte não é reproduzir o visível. Arte é o que o artista vê.

Amar é sofrer. Não existe amor sem sofrimento. Sofre-se quando se é correspondido; sofre-se quando não é. Mas só há uma forma de viver intensamente: amando.

Escrevo. E pronto. Ponto.

Escrever é fácil. Difícil é vender um livro.

Você só saberá que viveu uma grande história, se sentar e escrever sobre ela.

O sentimento de culpa é um péssimo companheiro para dividirmos a cama.

O poema mais lindo é aquele escrito com amor, para um amor.

Duas coisas improváveis: um cão amado morder e uma mulher feliz trair. Há menos que seja da natureza deles.

Só sorrio para quem provoca meu sorriso. É dessa provocação que minha alma precisa. 

É triste a pessoa só encontrar a felicidade, na tristeza do outro.

Se você fugir da chuva, nunca verá a beleza do arco-íris.

A única coisa que podemos deixar de valor para nossos filhos, é aquilo que somos, e não o que temos.

Sexo é a única linguagem universal.

Termine relacionamentos tóxicos para você. Se o faz mais infeliz que feliz, elimine-o de sua vida. Se não puder eliminar, mantenha-o longe. Acredite, até a sua alma agradece.

Ediel Ribeiro (RJ)

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Ediel Ribeiro é carioca. Jornalista, cartunista e escritor. Co-autor (junto com Sheila Ferreira) do romance "Sonhos são Azuis". É colunista dos jornais O Dia (RJ) e O Folha de Minas (MG). Autor da tira de humor ácido "Patty & Fatty" publicadas nos jornais "Expresso" (RJ) e "O Municipal" (RJ) e Editor dos jornais de humor "Cartoon" e "Hic!". O autor mora atualmente no Rio de Janeiro, entre um bar e outro.

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