Rio - Custou, leitor, mas pintou uma boca-livre.
Jornalista, vocês sabem, só é convidado pra mesa-redonda, que apesar do nome, não pinta nada pra comer.
Outro dia, quando soube do camarote da Rádio Globo, no Maracanã, decidi: tô dentro.
Mesmo sem convite, não dava pra perder. Apliquei o velho golpe da "Ré". Passei pelos seguranças que controlavam a entrada dos convidados, andando para trás, como se estivesse saindo. Entrei sem problemas.
Coisa fina, leitor. Isso aqui é o paraíso. Não quero nem saber do jogo. Mulher aqui é mato! Branca, preta, loira. É de enlouquecer qualquer um.
Logo na entrada, o primeiro bar. Alto nível. Champagne Mumm - oficial da Fórmula 1 - rolava como água. Bufê internacional. Tinha até japonês.
As modêlos estavam todas lá. Elas adoram festas. A última vez que eu vi tanta mulher, comida e bebida juntas foi no camarote da Brahma, na Sapucaí.
Pra beber, cerveja a vontade. A festa tava ótima. A Globo filmando tudo. E uma penca de convidados: Luma de Oliveira, Daniela Vinnitis, Vanessa de Oliveira e Gerald Thomas, mostrando a bunda pra torcida.
Foi demais, leitor! Quem estava lá também foi o Fio Maravilha. Ele entrou graças a cota de negros no camarote. Felizmente, com essa medida, o racismo tá com os seus dias contados nas bocas livres.
No começo, estava tudo bem. Eu alí, caminhando de um lado pra outro, doido pra comer os salgadinhos e conhecer a Maria Chuteira. Ou seria o contrário? Bem, não importa.
Até agora só vi o Zeca Marques. Gente fina, o Zeca.
Todo mundo queria tirar uma foto com a Luma. Eu tirei umas três. Será que eu vou sair na Caras? A Luma roubou a festa. E eu uns salgadinhos. Sabe como é, leitor, lá em casa tá brabo.
Um segurança, desconfiado do volume nos meus bolsos e das manchas de gordura, perguntou pelo meu convite. Dancei legal. Fui convidado a me retirar.
Nem tive tempo de comer a Maria Chuteira. Ou seria os salgadinhos? Sei lá.
*Ediel Ribeiro é escritor e jornalista
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