Cultura e Entretenimento

Jorginho do Império se apresenta em Senador Firmino no próximo domingo (14)

Show celebrará 25 anos de carreira artística do Grupo Dose Certa, no Espaço Filó, a partir das 13 horas

Belo Horizonte - Detentor de títulos de Cidadão Samba e intérprete de memoráveis músicas, Jorginho do Império será atração de espetáculo musical, no dia 14/8, domingo, Dia dos Pais, em Senador Firmino, Minas Gerais. O show celebrará 25 anos de carreira artística do Grupo Dose Certa, no Espaço Filó, a partir das 13 horas. No período das 14 às 18 horas, dentro da programação, será servida feijoada aos participantes do evento. Ingressos e reserva de mesa são obtidos através de contato com Cristiane, no telefone (32) 98884-5011, ou Vinicius, no telefone (32) 998429133.

A decolagem da carreira de Jorge Antonio Carlos, que tem nome artístico de Jorginho do Império, começou na pista, ou melhor, no palco de shows junto com Martinho da Vila. Ele fazia parte do grupo de instrumentistas que acompanhava Martinho José Ferreira, autor de “O pequeno burguês”.

- Sempre me espelhei no Martinho da Vila, pelo caráter, personalidade e talento musical. Afinal, com ele dei meus primeiros passos na música, acompanhando-o como um dos seus ritmistas em shows - diz com emoção o cantor que tem no sobrenome artístico a nomenclatura da sua escola de samba: Império Serrano.

Em 1971 Jorginho do Império foi eleito Cidadão Samba do Estado da Guanabara, título que exigia um conjunto de predicados do candidato. Devido à destacada inserção no meio artístico, admirado pelo público, dois anos depois alcançou os primeiros lugares das paradas de sucesso com a execução da música “Na beira do mar”, nas emissoras de rádio e de TV. O samba faz parte do seu primeiro disco, Viagem encantada, cuja música título é de autoria de seu pai, Mano Décio da Viola, e Jorginho Pessanha.

Eu e meu pandeiro, segundo disco, lançado em 1976, inclui músicas de sua autoria: a notável “Água no feijão” e “Assim é demais”, com Ubirajara Dias; “Eu canto São Paulo”, e “Quanto mais carinhosa, mais falsa”. Naquele mesmo ano lançou o disco Samba, tendo no repertório as músicas “Pedra 90”, “Mais um na casa de bamba” e “Volta pro morro”, esta de Martinho da Vila; além de emplacar com sucesso o samba-enredo da Império Serrano “Heróis da liberdade”, de autoria de Mano Décio da Viola, Manuel Ferreira e Silas de Oliveira.

Medalhas e brasões, disco lançado em 1977, alcançou excelente vendagem, através das músicas “Terra virgem”, de Vicente Celestino e Mário Rossi e “Lá em Mangueira”, de Herivelto Martins e Heitor dos Prazeres, além, claro, da música título de Mano Décio da Viola e Silas de Oliveira. Ano seguinte a dose se repetiu com o disco Agora sim, tendo no repertório “Não ligue não”, de Noca da Portela e Joel Menezes; “Chinelo novo”, de João Nogueira e Niltinho Tristeza; “Partido alto”, de Cartola e Heitor dos Prazeres; e “Conversa fiada”, de Wilson Batista.

jorginho do imperio
Jorginho do Império é atração em show na cidade mineira de Senador Firmino. Divulgação - 

O disco Felicidade, lançado em 1979, reúne ”Obsessão”, de Mano Décio e Osório Lima; “Silêncio da seresta”, de Adelino Moreira e “Antes que seja tarde”, de Ivan Lins e Vitor Martins, entre outras composições. No mesmo ano Jorginho do Império lançou compacto com quatro músicas, incluindo o pot-pourri “Chorei quando o dia clareou”, de David Nasser e Nelson Teixeira; “Mulher de malandro”, de Aloísio e Antonio Damasceno; “Quanto mais carinhosa, mais falsa” e “Sai da casa da vizinha”.

 Até o ano de 1981 lançou vários compactos e um single, destacando-se as músicas “O que você tem garota?” de Jorginho do Império e Dico da cuíca; “Medalhas e brasões” de Mano Décio da Viola e Silas de Oliveira; “Que ingratidão”, de Paulinho Resende e Totonho; “Malandro demais”, de Jorginho do Império e Bira; e “Princesinha”, de Jorginho do Império e J. B. Maia. Em 1980 lançou o disco Festa do Preto Forro, que levou ao sucesso "Para com isso", de Alberto de Jesus e Noca da Portela.

Em 1982 lançou a coletânea Os grandes sucessos de Jorginho do Império. Em 1983 lançou o disco Viva meu samba, no qual está incluída a faixa homônima “Viva meu samba”, de Billy Blanco; “Casa de cômodo”, de Noca da Portela, Romildo e Toninho Nascimento; “Mãe, negra mãe”, de Jorginho do Império, Bicalho, Carlinhos do Império e Jorge José; “Juras de amor”, de Jorginho do Império e Ubirajara Dias; entre outras.

“Mãe negra mãe”, de sua autoria com Bicalho, Carlinhos do Império e Jorge José, foi lançada antes do disco Alma Imperiana, de 1984, contendo no repertório "Na raça e no peito", de Noca da Portela e Sérgio Fonseca. Ano seguinte lançou Festa do samba, no qual tem "Dádiva", de Noca da Portela e Sérgio Fonseca. No ano 1987 lançou o disco Jorginho do Império, que conta com as músicas “Canto pra Lia”, de Nelson Rufino e Orlando Rangel; “No colo da minha mãe”, de Beto Sem Braço e Serginho Meriti; “Adeus solidão”, de Acyr Marques e Marquinho PQD; “Oi quebra coco”, de Bandeira Brasil e Cleber Augusto; “Sua frota naufragou”, de Arlindo Cruz, Sombra e Sombrinha, entre outras.

No carnaval de 1999 foi o intérprete do samba-enredo "Uma rua chamada Brasil", de Arlindo Cruz, Carlos Senna, Maurição e Elmo Caetano, no desfile da Império Serrano, escola na qual desfila com regularidade. Em 1995 lançou o disco Um cidadão do samba, no qual inclui as músicas “Artimanhas de mulher”, de Altay Veloso; “Disritmia”, de Martinho da Vila; “Final feliz”, de Arlindo Cruz e Acyr Marques; “De volta pro aconchego”, de Dominguinhos e Nando Cordel, entre outras.

No ano 2000, ao lado de Baianinho, Zé Di e Comprido, entre outros artistas, participou do show “Encontro com o samba”, na casa de espetáculos Rio Sampa, no Rio de Janeiro. No ano de 2001 lançou a coletânea 20 Super Sucessos - Jorginho do Império, que conta com seis composições de sua autoria, dentre as quais “Princesinha” e “Dona de casa” (c/ Gracia do Salgueiro). Em 2002 lançou o disco Pra quem gosta de samba, o primeiro disco ao vivo. O repertório foi selecionado por Canário e Roberto Lopes e tem, além dos sucessos de carreira, "O samba não pode parar", de Roberto Lopes e Alamir; "A pintura", de Canário e Alcino Correa”; "Dancei ciranda", de Paulo Ciranda; "Luz neón", de Cléber Augusto, Marquinhos China e Djalma Falcão; "Implosão", de Naval, Jorginho China e Roberto Lopes; "Greve de amor", de Simões PQD e David Monteiro; "A mão do destino", de Canário, Roberto Lopes e Galhardo; "A lei do mundo", de Adilson Gavião, David Monteiro e Léo da Vila; e "Terra de bamba", autoria de Fernando Reza Forte e Vando.

Jorginho do Império fez vários shows de lançamento do disco no Botequim do Império, dentro do Clube Olímpia, em Copacabana, Zona Sul do Rio de Janeiro. Sua carreira internacional inclui espetáculos em vários países, como Argentina, França e Japão. Tem na bagagem mais de 20 discos, além de diversos CDs, ao longo da carreira.

No ano de 2005, por ocasião das comemorações de três décadas de carreira, apresentou regularmente a roda de samba Botequim do Jorginho do Império no Centro Cultural Memórias do Rio, no qual recebeu diversos convidados, entre os quais Dadá da Mangueira, Jorginho Flor, Conceição de Almeida e Zeca da Penha. Em 2011 participou do projeto MPB 12:30 em ponto, talk-show comandado por Ricardo Cravo Albin, com direção de Haroldo Costa e Paulo Roberto Direito, realizado no teatro do Centro Cultural da Light, no Rio de Janeiro.

Em 2012, com consagradas músicas selecionadas e gravadas ao vivo, lançou o CD Jorginho do Império – o filho do imperador, cujo subtítulo reverencia o pai Mano Décio da Viola, um dos fundadores da Império Serrano. Ele é considerado um dos principais autores de memoráveis sambas-enredo, junto com Silas de Oliveira. O CD traz o registro de show realizado no Teatro Rival, no Rio de Janeiro, interpretando a inédita “Apoteose ao Rio”, de Mano Décio da Viola e Jorginho Pessanha, e, também, “Apoteose ao samba”, de Mano Décio da Viola e Silas de Oliveira.

No ano seguinte, por ocasião do encerramento da série de espetáculos musicais “Meio dia e meio”, no Centro Cultural Light, realizou o show biográfico “O filho do imperador”. Vale destacar também a gravação o DVD Jorginho do Império: alegre, sorrindo e cantando, com produção de Mauro Diniz, filho do saudoso Monarco, indispensável para os amantes do samba.

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