Opinião

Kalil é o novo Ciro Gomes de Minas Gerais?

KALIL
Foto: Reprodução - 

Alexandre Kalil (PSD) ex-prefeito de Belo Horizonte e aspirante ao cargo de governador de Minas Gerais foi convidado para uma entrevista em um veículo de imprensa. Normal para um pré-candidato que deseja ser mais conhecido entre o público jovem aquele para o qual o programa era destinado. Anormal foi o comportamento de Kalil diante de uma pergunta sobre suas dívidas. Este cedeu às emoções primárias, enfureceu e agiu como se o entrevistador fosse seu inimigo. Chegou a ameaçar os funcionários da imprensa, gritou que um deles deveria ser despedido.

O mesmo comportamento é visto no pré-candidato à presidência Ciro Gomes. Quando este está com “os nervos à flor da pele” não segura o que sai de sua boca. Seus adversários políticos amam esses momentos. No caso de Gomes as imagens surgem a todo momento nas propagandas eleitorais de seus inimigos mostrando seu temperamento hostil. 

É realmente uma pena isso ocorrer com Ciro Gomes, pois creio que, para o momento seu programa de governo seria melhor para o país do que de Luiz Inácio Lula da Silva, mais conhecido por Lula, que surge na frente de seus adversários nas pesquisas eleitorais. O temperamento explosivo de Ciro faz com que o eleitor reflita mais sobre o voto útil e tente definir a eleição presidencial já no primeiro turno em outubro. 

Com relação à Alexandre Kalil essa imagem será usada durante a campanha política a partir de agosto. Foi dado a seu principal adversário Romeu Zema um presente. O fato demonstra que Kalil precisa se preparar melhor para a campanha que promete ter muitos ataques entre este e o atual governador que tenta sua reeleição. 

Para Kalil, ser conhecido por um temperamento similar ao de Ciro abrindo espaços para emoções consideradas negativas em pleno ano eleitoral não é o melhor. A maioria dos belo horizontinos se identificam com Kalil, por isso foi reeleito no primeiro turno nas eleições para prefeito devido também sua comunicação peculiar, talvez única. Fala para o povo como se ele estivesse ao lado de seu eleitor, de forma clara, mas enérgica. Porém, o eleitor não perdoa essas imagens que fazem ligação do candidato em um pleito eleitoral com a violência que este sofre nas ruas e locais de sua convivência.

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