Opinião

O MOMENTO EXIGE MUITA REFLEXÃO

Arek Socha/Pixabay

Uma cidade da China foi a origem da pandemia do Covid-19 que se espalhou pelos vários países do Mundo, criando situações por demais preocupantes. Em primeiro lugar, pelo desconhecimento por parte de especialistas da área da saúde, das medicações necessárias.  A contaminação se espalhou em razão das viagens de pessoas que vieram da China. Os vários sistemas de transporte, ao trazerem de lá tanta gente, propagaram o mal. E em países desenvolvidos do continente europeu e também nos Estados Unidos aconteceram milhares de perdas de vidas.  

Os cientistas e especialistas da área da saúde a nível internacional assumiram a implementação de algumas medidas de modo a diminuírem os impactos, como o isolamento social, com a permanência em casa, o uso de máscaras e que se evitem aglomerações, reuniões, assembleias, práticas esportivas e festas.   Um grave   problema é que no Brasil, em muitos Estados e Municípios, as sugestões não estão sendo levadas a sério. De um lado, pela desinformação.   Os meios de comunicação divulgaram as sugestões, mas os posicionamentos inadequados do ocupante do cargo maior da República, o Presidente Jair Bolsonaro, tem estimulado a inobservância das medidas.  Ele chegou ao ponto de dizer que não havia pandemia e sim, os contaminados estavam sofrendo de "gripezinha ou resfriadinho", sem riscos maiores. E suas determinações provocaram a saída de dois médicos que exerciam o cargo de Ministros da Saúde. Eles não aceitaram   as determinações presidenciais em relação aos encaminhamentos necessários. E para completar, o Brasil ocupa um lugar de destaque pelo número de contaminados e também pelo elevado número de perdas de vida. 

Não há indicativo de quando será superada essa pandemia. E chegamos ao absurdo de ver os Executivos dos Estados e Municípios decretarem as regras de comportamento através de decretos, com fiscalização e aplicação de multas a quem   desobedecer. É uma situação inacreditável, pois o mínimo que se pode esperar é que todas as classes sociais tenham a preocupação com a saúde. 

Mas há alguns pontos que precisam merecer um amplo destaque, começando pelos profissionais dos sistemas de saúde que assumiram a responsabilidade de buscar o atendimento necessário aos contaminados. E não se pode esquecer o trabalho de milhares de voluntários que buscam formas de colaboração, de arrecadação de produtos para   cestas básicas que ajudam a diminuir os dramas de comunidades carentes. 

A conclusão é que os fatos atuais vão constar da história; e de todos os continentes.

 

* Uriel Villas Boas - Coordenação do Fórum da Cidadania de Santos/Dirigente da Federação Interestadual dos Metalúrgicos/CTB

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