- Athaliba, dia 12/5, quando se divulgou que o Brasil registrara recorde de 881 mortos pelo COVID-19, sendo o segundo país no mundo com mortes diárias e ultrapassando a Alemanha em número de casos, com 177.589 contaminados e contabilizando 12 mil e 400 óbitos, o gatilho da granada foi acionado e pode explodir no colo do mito pés de barro, no trono da presidência. É que pessoas que tiveram acesso ao vídeo que investiga as denúncias do ex-ministro da Justiça e Segurança Pública, Sérgio Moro, contra o mito pés de barro, exibido na Polícia Federal, no DF, em Brasília, disseram que o conteúdo da reunião de 22/4 é bombástico. A intenção de mudar a chefia da superintendência da PF no RJ para tentar proteger os filhos do mito ficou configurada. Observaram que ele, o mito, presidiu “reunião de botequim”. Denegrir (êpa) botequim não pode!
- Marineth, ainda no dia 12/5, a mídia em geral noticiava, até de maneira espalhafatosa, “a pegadinha” do mito pés de barro aplicada no ministro da Saúde, Nelson Teich, no dia anterior. O ministro participava de reunião com a imprensa e ficou com a cara de tacho quando um jornalista perguntou se ele aprovava a volta à normalidade de salões de beleza, barbearias e academias de ginástica, através de decreto presidencial, contrariando medidas de prevenção ao coronavírus. O Teich, visivelmente, acusou nocaute de violenta bola nas costas. Será que ele não tem noção do ridículo de que é usado, vergonhosamente, como marionete pelo mito pés de barro?
- Athaliba, inclua na sua observação os valorosos militares cooptados pelo mito. A ocasião é caótica. Vai de mal a pior. O Brasil tá de ponta-cabeça. As manifestações sobre os rumos que as crises política e do COVID-19 norteiam o país não são boas. Será que voltaremos ao tempo do “Ame-o ou deixe-o”?
- Marineth, tem gente botando as barbas de molho. O momento faz lembrar nosso saudoso poeta Drummond e citar versos do poema “A flor e a náusea” que diz: “Olhos sujos no relógio da torre/Não, o tempo não chegou de completa justiça/O tempo é ainda de fezes, maus poemas, alucinações e espera/O tempo pobre, o poeta pobre/Fundem-se no mesmo impasse”.
- Athaliba, me permita completar, com a sugestão para que todo (a) brasileiro (a) assista à declamação do poema, com Eliza Morenno, no link https://www.youtube.com/watch?v=BerOSwF-l20: “Vomitar esse tédio sobre a cidade/Quarenta anos e nenhum problema resolvido, sequer colocado/Nenhuma carta escrita nem recebida/Todos os homens voltam para casa/Estão menos livres, mas levam jornais/ E soletram o mundo sabendo que o perdem”. E vou aproveitar para recomendar ao povo lá de casa, como prioridade nesse confinamento.
- Marineth, tem mais detalhes da exibição do vídeo da reunião ministerial? O ex-ministro ao fazer as denúncias, por certo, jogava todas as fichas no vídeo como prova cabal contra o mito.
- Athaliba, o mito pés de barro, em uma das partes do vídeo disse que “querem f*** minha família”. O comentário de duas pessoas que assistiram ao vídeo, no Instituto de Criminalística da Polícia Federal, é que “a situação é muito ruim para o governo”; e inquiriram “como o presidente vai rebater o que ele disse e está gravado? Vai dizer que foi montagem?”
- Pois é, Marineth. O vídeo foi exibido por decisão do ministro Celso de Mello, do STF, e participaram da exibição Sérgio Moro, procuradores e investigadores que acompanham o caso, além de representantes da Advocacia-Geral da União.
- Sim, Athaliba. O advogado Rodrigo Sánchez Rios, defensor do ex-ministro, disse que o vídeo confirma as denúncias de que o mito pés de barro queria interferir no comando e nas ações da Polícia Federal. E que defende a divulgação completa do vídeo.
- Marineth, independentemente da nossa vontade, poderemos ter uma nova ordem mundial depois da neutralização do COVID-19, com antídoto eficaz. Prevê-se uma instigada disputa entre lideranças mundiais pela reestruturação do sistema capitalista, que escancara as mais profundas mazelas. As vísceras do sistema são observadas por gerações mais novas e que não tinham a exata dimensão dos desníveis existentes. Agora estão vendo as desigualdades absurdas entre os poucos ricos e a larga maioria de miseráveis. Nesse contexto, o país tá numa inapropriada crise política e afundando em tragédia sanitária. O que fazer? Vladimir Ilvich Ulianov explica.
- Athaliba, o trem é doido. Vamos assistir a declamação do “Poema em linha reta”, de Fernando Pessoa, por Leonardo Bigio, no link https://www.youtube.com/watch?v=iXY8GuSaiDg?
Comentários
O Brasil passa por duas crises. Temos a pandemia do COVID.19 que não tem prazo para terminar. E um problema é o c comportamento de parte significativa da população em vários Estados, não o obedecendo a regras básicas determinadas por cientistas e especialistas da área saúde. O isolamento social, o uso de máscaras e não participar de aglomerações, reuniões, aulas e assembleias. E para completar, o ocupante do cargo maior da República, o Presidente Bolsonaro faz pronunciamentos absurdos, diminuindo os riscos à saúde. Temos de refletir, de valorizar o trabalhos dos profissionais da saúde e valorizar o voluntariado. E que isto tenha reflexos para um futuro melhor do nosso país.