Vivemos em uma época em que a responsabilidade da educação de nossas crianças tem sido jogada de um órgão para o outro: os pais e a família jogam a responsabilidadepara as creches e escolas; e, em contrapartida, as creches e escolas jogam a responsabilidade para os pais e para a família.
Nesse jogo de empurra-empurra, quem mais tem sofrido são as crianças que, sem terem a instrução e acompanhamentos corretos, acabam por muitas vezes crescendo desnorteadas e não muito raro, sem limite algum, desencadeando assim, uma série de problemas para elas mesmas e todos os grupos nos quais elas estão inseridas.
Sendo assim, é de extrema importância que nós, como pais, atentemos cada vez mais para a boa educação e formação de nossas crianças, fazendo isso da melhor forma possível, para que todos possam ter uma vida mais plena e feliz, onde as crianças aprendam de uma forma bela e simples como se relacionar e conviver com todos, entendo que a reponsabilidade de educar e criar nossas crianças, preparando-as para o convívio social é nossa, e que a mesma é intransferível.
Infelizmente, a realidade que se vê é outra, onde pais, mães, e responsáveis, abrem mão da responsabilidade de educar e instruir suas crianças, delegando e empurrando essa responsabilidade para outras instituições, as quais não cabem tal responsabilidade, e mesmo que tais instituições, como creches e escolas, procurem auxiliar o máximo possível nesse tipo de educação, que foge da instrução escolar, a mesma será sempre defasada, e as consequências da mesma recairá sobre as crianças, e afetarão a todos posteriormente.
Por mais que as instituições educacionais tenham importância e influência na formação do caráter daqueles que as frequentam, tal responsabilidade é primeiramente da família, como diz o famoso ditado popular: “educação vem de berço”; e tal ditado quer dizer algo bem simples e verdadeiro: a educação, a ética, os princípios, os valores e o respeito começam a ser ensinados desde cedo, desde a mais tenra infância, e esse processo pode e deve começar em casa.
Por mais que tenhamos auxílio e ajuda de outras instituições para a formação de nossas crianças, nunca devemos delegar e abrir mão de nossa responsabilidade de instruí-las e educá-las, por mais difícil que seja o período da infância e da adolescência, tendo a consciência de que tal ação tem grande impacto para a formação e para o futuro delas, e de toda uma geração que, infelizmente, tem sido jogada de um lado para o outro sem ter muitas vezes um caminho seguro para seguir. A boa educação e formação de nossas crianças e jovens vêm de uma boa parceria entre a família e as instituições educacionais, onde cada órgão compreende e assume sua responsabilidade nesse processo, para sempre poder alcançar melhores resultados.
Wanderson Reginaldo Monteiro* é bacharelando em teologia pelo Instituto Cristão de Pesquisas - ICP
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