Coluna

Maldade

A maldade dança rua afora

rodopia cada vez mais perversa,

coberta com seu manto rubro,

transbordante de alegria;

escarra à minha porta,

beija a boca da vizinha,

faz-lhe filhos deformados

e rodopia, rodopia invencível,

entre cacos de agonia.

Apenas seus pés choram

o sangue ciclo da menina morta: Esperança.

Morta entre um riso e um grito de bom dia.

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