Rio de Janeiro - Minha última esperança de que a humanidade ainda tivesse jeito se desfez com o lançamento de mais uma rede social, criada por um indiano. Bêbado, suponho.
Acredite se quiser: batizaram a geringonça com o sutil nome de Koo (isso mesmo, Koo). Foi de arrepiar (licença, Alviño) os cabelos do Koo.
Ontem, acordei assustado com o convite de uma amiga me chamando para entrar no Koo dela. Assim, a sêco. Na lata. Pensei num comercial da Kaiser que dizia: “Dá pra tomar uma Kaiser, antes?”, lembra?
A imagem do site é carregada de duplo-sentido. Um pinto. Tá, é um pintinho amarelinho, aparentemente inofensivo, mas é um pinto. E, pra bom entendedor, um pintinho basta.
Achei que era algo parecido com o ‘Tinder’. Para usuários mal dotados, talvez. Tô fora! Como você, leitor, deve saber, eu bebo muito e respeito o ditado que diz que Koo de bêbado não tem dono.
Depois que fiquei sabendo que o Felipe Neto estava convocando o povo para o novo app, aí então é que eu não entro mesmo.
Pra piorar, recebi um e-mail de @kooindia que dizia: Brazil! Você quer uma mudança no nome da marca? Se sim, por favor sugira nomes. Respondi: “Ânus". Me bloquearam. Parece que nem os indianos estão satisfeitos com o nome escolhido. E, pior, descobri que eles também não têm senso de humor.
Lançada em 2020, na Índia, só agora, com a provável sumiço do Twitter, apareceu por aqui. Muitos brasileiros já migraram para a nova rede social. Muitas pessoas abriram conta na plataforma e o nome curioso motivou a procura pelo app. O brasileiro é assim, não pode ver uma fila que entra. Depois é que pergunta: “Essa fila é para o que mesmo?”
Segundo os desenvolvedores, a plataforma já tem mais de 50 milhões de downloads e mais de 7 mil personalidades, entre políticos e celebridades. Tem Koo pra todo mundo.
Nem todos estão gostando do Koo. Tem gente entrando e saindo, entrando e saindo, entrando e saindo… Mais o app continua aberto (licença Nei Lima) para receber mais membros.
Um usuário comentou: “Ontem entrei no Koo de uma amiga e me decepcionei”. É, nem todos gostam. O cantor Belo já avisou que não entra nem morto.
Mas as dúvidas ainda são grandes. Já posso até imaginar algumas delas:
“Como faço para seguir uma amiga? Pelo cheiro?”
“Como faço para usar o Koo?”
“O Koo é de graça ou preciso pagar?”
“Como vão fazer em caso de censura? Vão usar supositório?
Bom, espero que no final não acabe em *m. Já pensou se o Alexandre de Moraes proibe o nome e eles resolvem lançar o “Pum!”
Nunca se sabe.
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