Inusitada campanha internacional em fotografias com cerca de mil pessoas nuas foi deflagrada em favor do reconhecimento do Mar Morto, no Oriente Médio. A produção denominada “Mar nu” é assinada pelo fotografo estadunidense Spencer Tunick, reconhecido por suas fotos com multidões sem roupas. Foi realizada 16/10, sábado, tendo como cenário uma praia privada da costa israelense. Alguns políticos e rabinos manifestaram críticas à natureza da campanha, cujo local só foi divulgado após a realização das fotografias.
Especialistas estimam que o Mar Morto possa sumir até 2050, se medidas urgentes não for tomadas para conter a seca, pois a cada ano o nível das águas diminui em cerca de um metro. Em algumas áreas a margem recua mais de um quilometro. Eles consideram a campanha de grande importância na preservação do que dizem ser uma das sete maravilhas naturais do mundo.
O Mar Morto, que banha a Jordânia, Israel e a Cisjordânia, em verdade, não é considerado mar e, sim, um grande lago de 82 Km de comprimento por 18 Km de largura. Está a 392 metros abaixo do nível do Mar Mediterrâneo e estima-se que é o ponto mais baixo do planeta. É praticamente desértica a região na qual se situa, com clima subtropical e semiárido e verões de altas temperaturas. As águas que o abastecem são oriundas do Rio Jordão, rico em sais minerais, e o forte calor eleva a taxa de evaporação nas superfícies aquáticas.
O nome Mar Morto está relacionado à alta concentração de sal nas águas, que contém cerca de 300 gramas por litro d’água. O que não é considerado normal, se comparado à quantidade de 35 gramas por litro d’água das águas nos oceanos. A impossibilidade de vida marinha no local é real, mas é atraído pela curiosidade de milhares de turistas.
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