Rio - Sou fã de Anthony Hopkins.
Depois de, no último domingo, interpretando um idoso com demência, Anthony Hopkins ter levado o Oscar de melhor ator por “Meu Pai”, vários jornais do mundo publicaram perfis do intérprete de Hannibal Lecter.
Hopkins, que aos 83 anos bateu o recorde de idade como vencedor da categoria de melhor ator do Oscar, teve sua vida exposta na mídia.
O “El País" fez um perfil bem interessante de Hopkins mais conhecido por interpretar o serial killer canibal, Hannibal Lecter, em ‘O Silêncio dos Inocentes’. O personagem, o canibal Dr. Hannibal Lecter, foi classificado como o maior vilão do cinema pelo American Film Institute.
O jornal narra a história do ator nascido em 1937, em Talbot, País de Gales. Sua luta contra o alcoolismo, a depressão, os ataques de ira, o remorso por ter abandonado uma filha recém- nascida, a ida para os Estados Unidos e seu ódio a Shakespeare e a tudo que é britânico.
O ator teve uma infância solitária e triste. Nunca teve nenhum amigo e passava as tardes desenhando e tocando piano. “Eu me sentia o mais idiota da classe, talvez tivesse problemas de aprndizagem, mas o fato é que eu não conseguia entender nada. Todo mundo me ridicularizava”, revelou.
Depois de dois anos servindo o Exército Britânico, ele se mudou para Londres e começou a estudar na Royal Academy of Dramatic Art.
Hopkins virou ator porque queria ser rico e famoso. Em pouco tempo alcançou o máximo prestígio ao qual um ator britânico aspira: protagonizar obras do National Theatre.
Mas o teatro não era o sonho de Hopkins. Seu grande sonho era rodar um filme em Hollywood.
Entre 1967 e 1972, quando começava a despontar como um grande ator, deixou a primeira mulher, Petronella Barker, com quem teve sua única filha, Abigail Hopkins, porque percebeu que era egoísta demais para criar uma família. Em 1973 casou-se com Jennifer Lynton, união que terminou em 2002. Desde março de 2003, Hopkins é casado com Stella Arroyave.
A Partir de 1965, a carreira de Hopkins ficou marcada por algumas coincidências. Reserva de Olivier, na Royal National Theatre, Hopkins o substituiu em ‘The Dance of Death’, quando Olivier teve apendicite. Pouco depois, outra coincidência. Seu agente ligou para ele: Gene Hackman tinha recusado o papel de Hannibal Lecter, e ele era a segunda opção. Bastaram 17 minutos em ‘O Silêncio dos Inocentes’ para Hopkins entrar para a história do cinema.
Conhecido por sua habilidade em memorizar falas, Hopkins trabalha sua memória lendo poesias e Shakespeare. No filme Amistad, de Steven Spielberg, Hopkis surpreendeu a todos ao memorizar um discurso de sete páginas, falando tudo de uma só vez.
Além dos dois Oscar, Hopkins também foi premiado com três BAFTA, dois Emmys do Primetime e um Prêmio Honorário Cecil B. DeMille, entre muitos outros. O ator foi feito cavaleiro pela Rainha Elizabeth II, em 1993, por seus serviços pela arte. Hopkins também recebeu uma estrela na calçada da Fama de Hollywood, em 2003.
O ator afirma que nunca foi tão feliz como depois de completar 75 anos.
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