Rio - Certa vez, comentando a obra de Rubem Braga, o escritor Paulo Mendes Campos disse que ao ler a obra do amigo descobriu que a crônica era “o espaço livre do cronista, que o usava para escrever poemas em prosa, poesias, contar histórias, fantasias e fazer ensaios”.
Como Rubem Braga, aproveito esse espaço para mais uma vez escrever sobre meu livro de poesias “Amor não é só uma Palavrinha. É um Palavrão”.
O livro será lançado ainda esse ano pela Dreams Editorial, publico aqui - a guisa de crônica - mais dois poemas do livro:
PORTÕES
O cão fareja poesia
Onde só havia dor
Solidão, e caos.
A mulher e seus gatos
Bebem vinho e leite
Enquanto discutem a obra de Kant
Juntei as migalhas da mesa
Restos de pão e ternura
Peguei o vinho e fomos pra cama.
Entre as pernas dela cresceu minha poesia
Abro seus portões e o ranger dos trincos
São seus gemidos de gozo
Dormimos
O GATO E A GOTA
A gota que pinga
Mata a sede do gato,
Que dorme.
Os versos da canção da
Buffalo White são tristes,
Como meus olhos.
A gota salva o gato,
O gato poupa o rato,
Há amor entre eles.
Entre o gato e a gota,
Fico com a gota,
Estéril e fria.
Diferente do amor
Vagamente lúdico
Do gato.
Comentários