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Parentes de passageiros do MH370 rejeitam conclusão sobre destroços de avião

Malásia diz que pedaço de asa encontrado no dia 29 de junho, na Ilha de Reunião, pertence ao avião que desapareceu no dia 8 de março do ano passado (Foto: Agência Lusa/EPA/Direitos Reservados)
Malásia diz que pedaço de asa encontrado no dia 29 de junho, na Ilha de Reunião, pertence ao avião que desapareceu no dia 8 de março do ano passado              (Foto: Agência Lusa/EPA/Direitos Reservados)

Um grupo de parentes das vítimas do voo MH370, da Malaysia Airlines, disse hoje (12) que rejeita a declaração do governo  de que os destroços encontrados em uma ilha do Oceano Índico pertencem ao avião desaparecido. Eles afirmam que aguardam uma análise mais “conclusiva”.

O grupo Voice 370 também reiterou as suspeitas quanto à forma como o governo malaio tratou do desaparecimento do avião desde o ano passado e pediu uma análise de autoridades imparciais sobre os destroços do aparelho.

O avião desapareceu sobre o Oceano Índico em 8 de março de 2014, 40 minutos depois de decolar de Kuala Lumpur com destino a Pequim, com 239 pessoas a bordo, a maioria de nacionalidade chinesa.

Após 17 meses de espera por provas materiais do avião, na semana passada o primeiro-ministro da Malásia, Najib Razak, anunciou que uma equipe de peritos internacionais confirmou que a parte da asa encontrada na Ilha de Reunião pertencia ao Boeing 777 acidentado.

Em Pequim, parentes das vítimas do acidente manifestaram desconfiança e irritação com o anúncio feito pela Malásia e reuniram-se em frente aos escritórios da Malaysia Airlines para pedir explicações.

"Uma semana depois, outros peritos não concordam com a declaração da Malásia”, afirmou o Voice 370 em comunicado. A maioria das famílias recusa aceitar o veredito da Malásia e ainda aguarda análise mais definitiva e conclusiva", acrescentou.

O comunicado do Voice 370 lembra que as famílias estão apreensivas com o tratamento dado ao incidente pelas autoridades da Malásia desde o primeiro dia. "Isto levou as famílias a terem dúvidas sobre os seus conhecimentos, capacidades e intenções”, adiantou.

As autoridades francesas, que também fazem investigações, não confirmaram que a peça pertence à asa do avião e disseram apenas que havia uma probabilidade elevada.

“Nós, as famílias daqueles que estavam a bordo do MH370, gostaríamos de pedir que todos os destroços sejam analisados em um local adequado e com pessoal e equipamentos próprios, incluindo o governo francês ou autoridades” de outras nações mais avançadas, disse o Voice 370.

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