Belo Horizonte - O Vaticano confirmou que o velório do papa Francisco terá início nesta quarta-feira (23), quando o corpo do pontífice será trasladado da capela da Casa de Santa Marta para a Basílica de São Pedro, no Vaticano. A cerimônia, aberta ao público, permitirá que fiéis do mundo todo prestem suas últimas homenagens ao líder da Igreja Católica, falecido no último domingo (21), aos 88 anos, após sofrer um AVC.

De acordo com a Santa Sé, o caixão ficará exposto na Basílica até sexta-feira (25), com horários específicos para visitação: das 11h à meia-noite na quarta-feira, das 7h à meia-noite na quinta-feira e das 7h às 19h na sexta-feira.

O funeral será realizado no sábado (26), às 10h (horário local), também na Basílica de São Pedro. A cerimônia será presidida pelo cardeal Giovanni Battista Re, decano do Colégio Cardinalício, e marcará o início do tradicional Novendiali – nove dias de luto e orações dedicados ao papa falecido.

Após a Missa de Exéquias, o corpo de Francisco será sepultado na Basílica de Santa Maria Maior, atendendo a um desejo expresso em vida pelo próprio pontífice, que manteve uma devoção especial à Virgem Maria. O local escolhido também simboliza sua forte ligação com os pobres e excluídos, tema central de seu pontificado.

A cerimônia contará ainda com os ritos finais da Ultima Commendatio e da Valedictio, despedidas solenes que encerram oficialmente as exéquias papais.

Pontificado marcado pela simplicidade e justiça social

Nascido Jorge Mario Bergoglio, o argentino que se tornou o primeiro papa das Américas e o primeiro jesuíta no trono de Pedro será lembrado por seu estilo próximo, fala direta e firme compromisso com temas sociais. Durante seu papado, iniciado em 2013, Francisco defendeu os direitos dos migrantes, o combate à crise climática, a simplicidade evangélica e a reforma da própria Igreja Católica.

O falecimento do papa Francisco causou comoção global e levou países como o Brasil e o próprio estado do Vaticano a decretarem luto oficial. Em Minas Gerais, a cerimônia da Medalha da Inconfidência, ocorrida no mesmo dia de sua morte, foi adaptada em respeito ao pontífice, com bandeiras a meio mastro e ausência de execução musical.