Rio - Quem lê os cadernos de cultura dos jornais, os folhetins e os segundos cadernos, deve estar se perguntando "que fim levou a poesia?"
Lembra quando esses cadernos publicavam crônicas, contos e poesias?
Todos os jornais do país tinha suas coluna de crônicas, contos e poesias. Lembro dos textos e poesias primorosas de Carlos Drummond de Andrade, Mário Quintana, Artur da Távola, Alceu Amoroso Lima, Clarice Lispector, Carlos Drummond de Andrade, Raquel de Queirós, Nélida Piñon, Aldir Blanc, Nelson Rodrigues, entre outros.
Haviam, também, os saraus. Grupos de poetas que se reunião em bibliotecas, clubes e bares para lerem suas prosas e recitar poesias.
Hoje, quase não existe mais.
Mais nem tudo está perdido. Em São Paulo, um grupo de jovens se reúnem na Praça Roosevelt, no centro, toda primeira segunda-feira do mês para ver e ouvir poetas urbanos recitar suas poesias.
Denominado Slam, o evento é uma competição falada que surgiu em Chicago, nos Estados Unidos, em meados dos anos 80 e já se espalhou pelo mundo.
No Brasil, além de São Paulo, a batalha de poesias faladas, já se espalhou por Belo Horizonte, Curitiba e Rio de Janeiro.
Bem mais conservador - mas também muito importante para a preservação e divulgação da poesia, da crônica e do conto – um grupo de poetas e escritores de todas as idades, se reúnem periodicamente no Casarão do Carmo, no centro de Mogi das Cruzes para recitar poesias e lerem seus contos e crônicas.
Eles fazem parte do Entremeio Literário, um grupo criado por poetas locais para fomentar e divulgar a poesia e a prosa de poetas e escritores da cidade e de outros estados. O grupo existe há mais de 10 anos na cidade, já lançou várias antologias poéticas e revelou diversos escritores e poetas.
O terceiro livro do grupo, da série "Nós Contamos", será lançado no próximo dia 14 de maio, no Casarão do Carmo com a presença de vários poetas e escritores e terá leitura pública das obras. O evento é organizado pelo grupo Entremeio Literário e tem o apoio da Secretaria de Cultura e da Prefeitura de Mogi das Cruzes.
Viva a poesia!
*Ediel Ribeiro é jornalista e escritor
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