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CCBB Rio inaugura retrospectiva do pintor mineiro Carlos Bracher

O Centro Cultural do Banco do Brasil no Rio apresenta retrospectiva da obra do artista plástico mineiro Carlos Bracher (Foto: Tomaz Silva/Agência Brasil)
O Centro Cultural do Banco do Brasil no Rio apresenta retrospectiva da obra do artista plástico mineiro Carlos Bracher (Foto: Tomaz Silva/Agência Brasil)

Com quase 60 anos de carreira, o artista plástico mineiro Carlos Bracher ganha extensa retrospectiva de sua obra, que será aberta hoje (15) ao público no Centro Cultural Banco do Brasil (CCBB), no Rio de Janeiro. A mostra Bracher Pintura & Permanência já esteve nas unidades do CCBB de Belo Horizonte e de São Paulo e ainda vai percorrer o CCBB de Brasília e a galeria do Centro Cultural Usiminas, em Ipatinga (MG).

São mais de 100 obras produzidas ao longo de quase seis décadas pelo artista, nascido em Juiz de Fora e hoje com 74 anos de idade. Bracher escolheu a cidade histórica de Ouro Preto para morar e montar seu ateliê. Retratos, autorretratos e séries voltadas para o mesmo tema são as marcas da trajetória do pintor, que é também o artista brasileiro com o maior número de exposições individuais no exterior, em galerias e museus de várias cidades da Europa e da América Latina.

As séries Naturezas Mortas e Marinhas, Paisagens Mineiras, Van Gogh (uma homenagem produzida em 1990, por ocasião do centenário de morte do pintor holandês), Siderúrgicas e Brasília estão representadas na mostra, que tem curadoria de Olivio Tavares de Araújo. No Rio, a exposição foi contemplada com mais 15 pinturas da recente série Bracher: Tributo a Aleijadinho, uma releitura contemporânea sobre a obra do grande mestre do barroco, realizada no ano passado.

“É a mais completa exposição da minha vida. Ela reúne toda a minha complexidade humana, espiritual e artística. É o meu retrovisor e o meu presente também”, comenta Bracher. No dia 6 de maio, às 19h, o público poderá acompanhar, passo a passo, uma criação do artista: Bracher fará uma pintura de João Cândido Portinari, filho do pintor Cândido Portinari (1903-1962).

A obra será criada em um ateliê cenográfico, instalado na rotunda do CCBB, que reproduz o real ambiente de trabalho do pintor em Ouro Preto. A intimidade do artista também é revelada pelo cenógrafo Fernando Mello da Costa em mais dois ambientes interativos, um deles o Castelinho dos Bracher, em Juiz de Fora, onde ele passou a infância e a juventude.

“Sou um sujeito dividido entre dois amores: pela terra do meu coração, que é Juiz de Fora, e a terra da minha paixão, que é Ouro Preto, onde moro há 44 anos”, conta Bracher.

As obras que integram a exposição vieram de museus como o Mariano Procópio, de Juiz de Fora, da Coleção Gilberto Chateaubriand, do Museu de Arte Moderna do Rio de Janeiro, e de outros colecionadores, alguns deles detentores de retratos feitos pelo pintor. É o caso do cantor e compositor Chico Buarque, que emprestou para a mostra um quadro dele, tocando violão, pintado por Bracher em 1999.

Bracher – Pintura & Permanência  fica em cartaz até 1º de junho e pode ser vista de quarta-feira a segunda-feira, das 9h às 21h. A entrada é franca e o CCBB Rio fica na Rua Primeiro de Março, 66, no centro da cidade.

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