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Polícia Civil desarticula quadrilha que aplicava golpes com leilões falsos na internet

Esquema movimentou mais de R$ 2 milhões e atuava em ao menos seis estados; casal era o principal alvo da investigação

Foto: Mika Baumeister | Unsplash. 

São Paulo – Uma operação interestadual da Polícia Civil, deflagrada nesta quarta-feira (22), desarticulou uma quadrilha especializada em golpes por meio de leilões falsos na internet. O grupo é acusado de movimentar quase R$ 2,3 milhões em fraudes digitais.

Ao todo, foram cumpridos oito mandados de busca e apreensão em endereços ligados aos investigados e cinco mandados de prisão em diferentes estados. Um casal, apontado como os principais articuladores do esquema, foi preso.

O homem, de 32 anos, era responsável por criar sites fraudulentos e administrar o fluxo financeiro dos golpes, enquanto a esposa, de 29 anos, movimentava valores expressivos em curto período de tempo. Segundo a polícia, ela mantinha um padrão de vida incompatível com a renda declarada.

Esquema e atuação em seis estados

As ações da operação ocorreram em São Paulo, Goiás, Santa Catarina, Amazonas, Pará e Rio Grande do Sul. De acordo com as investigações, a quadrilha investia em publicidade nas redes sociais para impulsionar os sites falsos, que simulavam leilões de veículos e outros bens com preços abaixo do mercado.

Os depósitos das vítimas eram feitos em contas de “laranjas”, o que dificultava o rastreamento do dinheiro. Parte dos valores era posteriormente lavada por meio de negócios fictícios, totalizando cerca de R$ 6,5 milhões movimentados de forma irregular.

Os criminosos também utilizavam ferramentas de encriptação e camuflagem de dados digitais, o que exigiu técnicas avançadas de rastreamento cibernético e análise financeira para que a polícia identificasse os envolvidos.

Operação e investigação

A apuração foi conduzida por agentes da Divisão de Capturas e do Grupo Armado de Repressão a Roubos e Assaltos (Garra), ambos da Polícia Civil de São Paulo, com coordenação da Delegacia de Repressão aos Crimes Patrimoniais Eletrônicos (DPRCPE) do Rio Grande do Sul.

Ao todo, cerca de 150 policiais civis participaram da operação. As investigações continuam para identificar possíveis novos integrantes do grupo e localizar vítimas em outros estados.

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