Belo Horizonte – O novo ministro da Secretaria-Geral da Presidência da República, Guilherme Boulos, afirmou nesta segunda-feira (20) que sua principal missão no cargo será “ajudar a colocar o governo na rua”, levando as ações do Executivo às comunidades e ouvindo as demandas da população.

“Agradeço ao presidente Lula pelo convite para ser ministro da Secretaria-Geral da Presidência da República. Minha principal missão será ajudar a colocar o governo na rua, levando as realizações e ouvindo as demandas populares em todos os estados do Brasil”, escreveu Boulos em publicação nas redes sociais.

O deputado federal eleito pelo PSOL de São Paulo, com mais de um milhão de votos, reforçou que pretende aplicar no governo o aprendizado adquirido em movimentos sociais.
“Minha grande escola de vida e de luta foi o movimento social brasileiro e levarei esse aprendizado agora ao Planalto. Presidente, sua confiança será honrada com muito trabalho”, completou.

Boulos substitui Márcio Macêdo no comando da pasta, responsável por articular o diálogo entre o Palácio do Planalto e a sociedade civil organizada, incluindo movimentos sociais, ONGs, entidades de classe e juventudes.

Trajetória e formação

Guilherme Boulos tem 43 anos e construiu sua trajetória política a partir do ativismo urbano. Nascido em São Paulo, em 19 de junho de 1982, é filho dos médicos e professores universitários Maria Ivete e Marcos Boulos.

Ainda no ensino médio, estudando na Escola Estadual Fernão Dias Paes, criou o grêmio estudantil e participou de protestos e projetos de alfabetização de jovens e adultos. Aos 15 anos, iniciou sua militância no movimento estudantil.

Formado em filosofia pela USP, com especialização em psicologia clínica pela PUC-SP e mestrado em psiquiatria pela USP, também atuou como professor da rede pública e autor de livros, como Por que ocupamos?, De que lado você está? e Sem medo do futuro.

Do MTST ao Congresso

Aos 19 anos, Boulos foi morar em uma ocupação do Movimento dos Trabalhadores Sem Teto (MTST), onde se tornou liderança nacional e conheceu sua companheira, Natália Szermeta, com quem tem duas filhas, Sofia e Laura.

Filiado ao PSOL, disputou a Presidência da República em 2018, a Prefeitura de São Paulo em 2020 e 2024, e foi eleito deputado federal em 2022, tornando-se o segundo parlamentar mais votado do país.

Agora, como ministro, terá o desafio de reaproximar o governo dos movimentos sociais e fortalecer a comunicação direta com a população, papel central na estratégia política do presidente Luiz Inácio Lula da Silva.