Coluna

Quanto pior, melhor

Os resultados da administração em Itabira decepcionam os que entusiasmados foram as urnas apostando em uma proposta de mudança que colocaria Itabira na rota do desenvolvimento e melhor qualidade de vida. Mas para que uma cidade ofereça qualidade de vida depende de ações governamentais, muita vontade política e compromisso com a população. E é exatamente o que falta em Dr. Damon.

Itabira é uma cidade rica, mas isto não basta, precisa ser bem administrada. É preciso pensar onde e como aplicar centavo por centavo. Não se pode esperar bons resultados se não houver bom planejamento. Não há como planejar sem antes montar uma boa equipe.

O governo não pode atuar como um cabo de força, uns puxando para um lado e outros para o outro. O prefeito não pode ser apenas um mero espectador torcendo para que o cabo arrebente e todos se espatifem. Torcer para o quanto pior melhor é coisa de opositor medíocre e não pode um governo agir como mero figurante quando deveria ser o ator principal, não pode se comportar como opositor quando tem a responsabilidade de administrar.

O prefeito Damon, sem saber qual é o seu papel no topo do poder, trabalha para o quanto pior, melhor. É compreensivo uma pessoa eleita com mais de 70% dos votos torcer para que as coisas não dêem certo no município que ele se propôs a administrar? Podemos dizer com toda certeza que Damon torce para o quanto pior melhor, o que não sabemos é o porquê. Às vezes até imagino, mas não quero aceitar que o que penso pode ser verdade, prefiro acreditar que estou fantasiando o que é explícito diante dos meus olhos.

Damon concorreu as eleições prometendo mudanças, um governo técnico mas os escolhidos para compor o primeiro escalão foram quase todos semi-alfabetizados. Depois de tantas escolhas ruins, Damon ainda não se deu por satisfeito e trocou secretários apenas para tornar pior o que já era insustentável. Veja a sua ultima escolha para secretário de governo: Ermiton Machado Gomes “Marmita”! Não tenha dúvidas, o que Damon queria com esta escolha era escarrar e cuspir na cara do itabirano, e conseguiu.

O curioso é que Damon disse quando o nomeou que esta era a última carta que tinha na manga, a sua última esperança. Então, o que podemos esperar são dias amargos.

Os cidadãos que o prefeito chama de oposição, lutam com todas as forças para que as coisas dêem certo, para que o dinheiro público seja investido e não gasto. A oposição tem trabalhado muito para ajudar o prefeito a administrar, apresentado bons projetos, apontado soluções para que o município saia desse marasmo, criticado os erros que Damon insiste em cometer.

Na Câmara há dois vereadores que lutam bravamente, Geraldo Torrinha e Bernardo Mucida, embora não consigam impedir todos os atos covardes da administração contra o itabirano. Mas ai de nós se não fossem eles! As coisas poderiam estar ainda piores porque eles debatem, denunciam ao Ministério Público, que aliás, aproveito para pedir que aja pois Itabira não pode ser transformada em um monturo, com um histórico de dívidas que o município não suporta.

As entidades de classe também estão preocupadas, o cidadão reclamando, e a oposição lutando para que o prefeito desista do quanto pior, melhor e entenda que a sua função é administrar, é zelar do que é público como se fosse seu, mas sem se apropriar dele como se fosse dono. A população acreditou, o entregou a chave do cofre, e não foi um ato simbólico. O então prefeito João Izael lavrou a ata de transmissão do cargo e o prefeito eleito Damon o assinou no gabinete, onde recebeu das mãos de João a chave do cofre com R$ 32.041.105,01. A partir daí Damon estava oficialmente no comando do município. Mas parece que motivado por alguma magoa com o cidadão itabirano, Damon instalou o novo modelo do quanto pior, melhor.

Enquanto isso a oposição trabalha para que o serviço público funcione, e funcione bem, para que o cidadão seja tratado com respeito e para que as leis sejam observadas e respeitadas, mas esta é uma administração que luta contra a oposição e contra o povo.

Geraldo Ribeiro (MG)

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