O 3G ainda é dominante e o 4G ainda está engatinhando em vários países, mas isso não impede que a indústria já esteja dedicando esforços para desenvolver o 5G. A nova velocidade, que promete conectar até mil vezes mais rápido que sua antecessora, poderá mudar completamente a maneira com que se usa dispositivos móveis em um futuro muito próximo. Confira a seguir o que esperar dessa tecnologia.
Antes de tudo, é importante saber que o número seguido da letra G indica a geração da conexão. Porém, mais do que a ordem de grandeza de cada tipo de Internet móvel, vale aprender que cada geração não abarca somente uma tecnologia – ou seja, poderá haver vários tipos de Internet de quinta geração, assim como hoje há dois padrões de 4G e houve alguns 3G e 2G diferentes.
Velocidade gigabyte
Ainda em estágio inicial, o 5G ainda não tem padrões definidos, mas testes já estão sendo realizados em vários países. Na Coreia do Sul, o país mais conectado do mundo, experimentos feitos pela Samsung conseguiram transferir dados a uma velocidade impressionante de 1 gigabyte por segundo – com essa rapidez, filmes em HD podem ser baixados em um clique.
Em comparação, o 4G mais rápido do mundo, na Coreia, chega no máximo a 0,02 gigabytes (20 megabytes) por segundo. Já no Brasil, cuja conexão foi apontada por um relatório recente com uma das mais velozes do planeta, o 4G oferece uma velocidade média de download de 0,002 gigabytes (2,4 megabytes) por segundo.
Grosso modo, o 5G testado hoje já é 500 vezes mais rápido que isso, e permitirão aos usuários acessarem a Internet mesmo viajando a velocidades de quase 500 km/h, quase o dobro suportado pelo 4G. Por essa razão, o mundo conectado a 1 gigabyte por segundo deverá ser bem diferente do atual.
O que deve mudar?
Daqui a 8 ou 10 anos, quando o 5G deverá estar acessível, tudo vai ser conectado e independente de hardware local para processar informação, abrindo ainda mais espaço para a computação na nuvem. Dispositivos móveis enviarão pacotes a alta velocidade para servidores, que se encarregarão do processamento pesado em frações de segundo.
Isso já ocorre hoje, mas a Internet 5G poderá avançar a níveis extremos, como, por exemplo, visualizar transmissões ao vivo de jogos da Copa do Mundo de 2022 em um aparelho pequeno como o Google Glass. Ou ainda, carregar um computador superpotente em um dispositivo com chip 5G menor que um pendrive.
Mas o que realmente se espera é uma avalanche de produtos do que se chamada de Internet das Coisas. Em alguns anos, a geladeira vai começar a avisar via smartphone (ou outro gadget qualquer) que a comida está acabando, ou, a um nível mais sofisticado, cidades inteiras estarão conectadas. Uma "smart city" poderá, por exemplo detectar padrões anormais de tráfego nas ruas e enviar rotas alternativas a carros conectados.
Quando vai chegar?
É claro que previsões futuristas sempre devem ser levadas com cautela, principalmente se falarmos de países com vários problemas de infraestrutura, como o Brasil. Mas, assim como o 4G era a grande novidade em 2011 e, hoje, companhias de telefonia brasileiras já oferecem planos até pré-pagos, o 5G deverá acompanhar a mesma tendência.
O ciclo natural de surgimento e desenvolvimento de cada geração gira em torno de uma década, portanto o 5G deveria chegar por volta de 2021. Mas, a Coreia já planeja lançar uma rede de quinta geração em 2017, com total disponibilidade em 2020. Quem sabe três anos depois o Brasil já esteja oferecendo seus primeiros pacotes com conexão na casa dos gigabytes. O futuro é incerto, mas ao menos o 4G já deverá estar tão massificado quanto os atuais 2G e 3G de 2014.
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