No último sábado, fomos, eu e a Sheila, assistir o espetáculo ‘Chicago’, no Teatro Santander, em São Paulo.
Confesso, foi o meu primeiro musical.
Sempre tive certa implicância com os musicais. A Broadway tem o talento único de transformar temas como burocracia, capitalismo, irresponsabilidade ambiental e sistemas legais abusivos, com músicas chatas, em musicais. E o pior é que, na maioria das vezes, eles fazem sucesso por aqui.
Mas ‘Chicago’ tem uma vantagem: o jazz. E, como somos apaixonados por jazz, fomos ver.
É inspirado no jazz - estilo musical que surgiu entre 1890 e 1910 em Nova Orleans e tem suas raízes na música negra americana pouco antes de 1850 - que ‘Chicago’, o musical americano mais longevo da história da Broadway e do West End tece sua teia de sexualidade, fama, crime, luxúria e traição.
‘Chicago - é um crime não assistir’, traz uma crítica ácida e bem-humorada do show business, trazendo à tona o tema das celebridades instantâneas, criminosos famosos e mentiras numa Chicago da década de 1920.
Uma história universal, que traz uma discussão atemporal, atualíssima para todas as pessoas e gerações, repleto de muito jazz, figurinos originais, bailarinos talentosos e coreografias marcantes.
Arrebatador - um dos maiores clássicos dos musicais e sucesso absoluto de público por onde passa, ‘Chicago’ já foi assistido por mais de 33 milhões de pessoas em 36 países (incluindo o Brasil) ao longo de 32 mil apresentações.
A peça, dividida em dois atos, nos transporta à Cook County Jail, onde duas assassinas - a recém prisioneira Roxie Hart e Velma Kelly, nome mais quente do pedaço - competem entre si para se tornarem a sensação midiática do momento, provarem sua inocência, ganharem a liberdade, para enfim realizarem um retorno triunfal do cárcere privado, repleto de glamour e dinheiro.
Para isso, elas contam com a ajuda de ‘Mama’ Morton, uma espécie de carcereira, responsável pelas mulheres daquele bloco e que, pelo valor correto, pode dar informações valiosas ou até mesmo te conectar com Billy Flynn, o advogado mais requisitado de Chicago.
Conhecido por safar todos os seus clientes acusados de assassinatos, Billy passa a ser peça fundamental nos casos de Roxie e Velma, enquanto transforma tudo em um verdadeiro circo na mídia.
‘Chicago’ é o segundo musical há mais tempo em cartaz na história da Broadway, atrás somente de ‘O Fantasma da Ópera’.
Em 2002 ‘Chicago’ ganhou uma incrível adaptação para o cinema com um elenco estrelado por Renée Zellweger, Catherine Zeta-Jones, Richard Gere, Queen Latifah, John C. Reilly, Christine Baranski, entre outros.
Assim como no teatro - onde conquistou 63 estatuetas entre as maiores premiações do mundo - o filme foi amplamente elogiado, conquistando seis Oscars, em 2003, entre eles o de ‘Melhor Filme’.
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