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Daniel Alves revela ansiedade antes da estreia na Olimpíada de Tóquio

Brasil joga contra a Alemanha na manhã desta quinta-feira

Daniel Alves
Lucas Figueiredo / CBF - 

“Nunca é tarde demais, ou, no meu caso, cedo demais para ser quem você quer ser. Não há limite de tempo, pare quando quiser”. O trecho do filme O Curioso Caso de Benjamin Button, de 2008, com direção de David Fincher, encaixa-se perfeitamente no objetivo do atleta mais experiente da Seleção Brasileira de Futebol na Olimpíada de Tóquio.

O personagem do filme nasce idoso e rejuvenesce à medida que o tempo passa.

Daniel Alves, de 38 anos, é o jogador mais vitorioso na história do futebol mundial – são 41 títulos na carreira. Entretanto, não ganhou todos que os gostaria. Dentre os que faltam, está a medalha olímpica. O lateral-direito e provável capitão da seleção em Tóquio, começa a sua jornada em busca de mais uma conquista nesta quinta-feira (22), às 8h30, no Estádio Internacional de Yokohama, contra a Alemanha.

Mesmo depois de tantas finais e estreias, o Benjamin Button brasileiro ainda sente frio na barriga antes de a bola rolar em sua primeira olimpíada.

“Eu sou como o Benjamin Button. Eu vou de mais a menos. Poder estar aqui é muito especial para mim. Bati na trave duas vezes e, na terceira, aconteceu. Sou muito grato pela confiança e pelo respeito ao trabalho construído em toda a carreira. Eu sou uma pessoa que tem espírito muito jovem. Independentemente da história que se tenha, a primeira vez é sempre muito especial. Estamos aqui em igualdade de experiência, a grande maioria, porque nunca participamos de um evento tão gigantesco e importante como este. Por mais que de tenha vivido momentos especiais e grandiosos, a primeira vez sempre tem o friozinho na barriga, aquele nervosismo bom, saudável. Espero estar à altura não só da competição como também da minha seleção”, disse o lateral, em entrevista coletiva.

Equilíbrio
Quis o destino que o Brasil enfrentasse, logo na primeira rodada, o mesmo adversário da final dos Jogos Olímpicos de 2016, disputados no Rio. Há cinco anos, o empate em 1 a 1 com a Alemanha no tempo normal levou a decisão para os pênaltis, e a Seleção Brasileira conseguiu seu primeiro ouro olímpico no futebol em pleno Maracanã lotado. A promessa é de um duelo equilibrado, entre duas equipes favoritas, como espera o técnico André Jardine.

“Realmente é um grande clássico mundial, uma partida que tem uma história maravilhosa, e é uma honra para todos nós fazer parte desta história. São duas equipes que se respeitam muito, que vão se alternar dentro do jogo na dominância. Acredito em um jogo bastante igual, bastante duro, difícil, e que provavelmente será decidido no detalhe, na estratégia, na equipe mais concentrada”, afirmou o técnico.

A Seleção Brasileira deve entrar em campo com Santos, Daniel Alves, Diego Carlos, Nino e Guilherme Arana; Douglas Luiz, Bruno Guimarães e Claudinho; Richarlison, Matheus Cunha e Antony.

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