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Najila diz que íntegra do vídeo estava em tablet roubado

Najila Trindade, modelo que acusa Neymar de agressão e estupro, afirmou em depoimento à polícia nesta sexta-feira (7) que não poderia entregar o vídeo do segundo encontro com o jogador em Paris na íntegra pois o mesmo estava em um tablet que, segundo ela, foi roubado.

O depoimento foi concedido à delegada Juliana Lopes Bussacos, da 6ª Delegacia da Mulher e foi obtido pelo Jornal Nacional, da TV Globo. Segundo ela, o vídeo teria sido roubado na quinta-feira (6), quando a modelo alega ter tido seu apartamento arrombado.

Ao longo da semana um pequeno trecho do vídeo foi vazado. Nele era possível ver os dois indo para a cama, seguido da modelo batendo em Neymar, que tenta segurá-la. As imagens vazadas duravam cerca de um minuto. Najila afirma que no tablet roubado estaria um vídeo mais completo.

Essa era uma das provas que a modelo alegava ter e que a polícia esperava ter em mãos. Questionada sobre a ausência de um boletim de ocorrência para registrar o furto, a modelo afirmou que ainda não sabe ao certo o que foi levado, tendo dado falta apenas do tablet, de um relógio e de dinheiro que estava em sua bolsa.

A dona do imóvel nega que o mesmo tenha sido invadido.

Modelo falou sobre o primeiro encontro

Najila deu detalhes do primeiro encontro no depoimento. Afirmou que chegou ao hotel e após encontrar Neymar, ela e o jogador começaram a se beijar e ele deu alguns tapas nela, que não falou nada.

A modelo afirma que Neymar teria aumentado a agressividade e ela, então, teria reclamado. Segundo ela, neste momento, ela indagou se o atleta tinha camisinha, o que foi negado.

Ao saber que Neymar não tinha camisinha, Najila afirma ter afirmado que era melhor ambos ficarem só na “negação”. A modelo conta que, então, o jogador a segurou com força pelo quadril e fez sexo sem consentimento.

O Jornal Nacional afirma que investigadores disseram que, neste momento, Najila teve uma crise de choro e a delegada parou de fazer as perguntas.

Najila passou mal durante depoimento

Najila passou mal no fim da tarde enquanto prestava depoimento na 6ª Delegacia de Defesa da Mulher, na região de Santo Amaro, em São Paulo.

No fim da manhã, ao chegar no local, Najila desceu de uma viatura com o rosto coberto. Outros dois carros da polícia fizeram a escolta dela e do veículo do advogado Danilo Garcia de Andrade, pouco antes das 12h. Ela e o advogado não deram entrevistas.

A modelo havia sido intimada a comparecer ao local desde o último fim de semana. A delegada Juliana Lopes Bussacos tentou ouvi-la no sábado e, depois, na segunda, terça e quinta-feira.

Além da acusação de estupro, ela também foi questionada sobre o suposto crime cometido por Neymar pela divulgação de suas fotos íntimas.

Esse inquérito foi instaurado pela Polícia Civil no Rio de Janeiro. De lá, a Delegacia de Repressão a Crimes de Informática enviou duas perguntas, por meio de carta precatória, para Bussacos fazer a Najila.

A primeira, se Najila confirma que as conversas expostas por Neymar foram realizadas. E a segunda, se ela autorizou a publicação ou se compartilhou as imagens e mensagens com outras pessoas ou grupos.

Desde quinta, a delegada tomou o depoimento de José Edgard da Cunha Bueno Filho, primeiro advogado que representou Najila Trindade na acusação de estupro e agressão contra o Neymar, e do médico Luiz Eduardo Rossi Campedelli, que fez um laudo médico a pedido da própria modelo.

O relatório, com fotos de hematomas na região dos glúteos de ?Najila, também foi entregue à delegada.

Bueno Filho e Campedelli não quiseram falar com a imprensa na saída da delegacia.

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