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Grêmio domina o Galo, vence por 3 a 1 e encaminha título em BH

Atacante Pedro Rocha marcou dois primeiros gols e recebeu cartão vermelho (Foto: Lucas Uebel/Grêmio FBPA)
Atacante Pedro Rocha marcou dois primeiros gols e recebeu cartão vermelho (Foto: Lucas Uebel/Grêmio FBPA)

Nem mesmo o Mineirão foi suficiente para parar o bom futebol do Grêmio. A equipe tricolor foi superior na maior parte do tempo em Belo Horizonte e venceu o Atlético em sua segunda casa, por 3 a 1. Com dois gols de Pedro Rocha e um de Everton para o tricolor, Gabriel descontou para o clube alvinegro, o time azul, preto e branco leva a decisão para Porto Alegre, na próxima quarta-feira, dia 30, diante de seu torcedor, para buscar a taça após 15 anos de jejum.

O futebol coletivo do Grêmio foi superior durante toda a partida. O time de Renato Gaúcho – com traços ainda de Roger Machado – soube se defender, não deu espaços e bateu o Galo com intensa troca de passes, com velocidade e capacidade. Ao Atlético restou assistir, de camarote, o show tático do clube do Sul, com poucas chances e o gol de Gabriel, no fim da segunda etapa, serviu para dar uma apimentada na grande decisão, no Rio Grande do Sul.

As equipes se encontram novamente na próxima quarta-feira, em Porto Alegre, na Arena Grêmio. Antes disso, o Galo recebe o São Paulo, no Independência, pelo Campeonato Brasileiro, enquanto o tricolor duela com o Santa Cruz, ambas no domingo.

Primeiro Tempo

A igualdade marcou o inicio do duelo. Apesar de o Galo ter mais a posse de bola, segurando em seu campo de defesa esperando o melhor momento para atacar, o Grêmio ocupava bem os espaços e a marcação não dava bobeira. A proposta tricolor era muito clara: contra-ataques rápidos para pegar a defesa alvinegra desprevenida.

A primeira melhor chegada, inclusive, foi do Grêmio, aos 4 minutos, desta forma: roubada de bola no ataque, redonda nos pés de Luan e chute contra a meta de Victor. Passou longe, mas assustou a torcida. O tricolor, no entanto, foi se acostumando e gostando do jogo, não sofreu pressão inicial e, a partir dos 7 minutos, passou a comandar o jogo.

O Galo encontrava dificuldades para sair, errava em alguns lances ou, simplesmente, não conseguia fazer a ligação defesa e ataque. O Grêmio subiu sua linha defensiva e o Atlético não conseguia mais passar do meio campo. O lance aos 11 minutos de jogo mostrou isso: o goleiro Victor cobrou mal o tiro de meta e a redonda ficou com Luan. A troca de passes terminou nos pés de Douglas – que jogava livre de marcação até o momento.

Atento aos detalhes, o técnico Marcelo Oliveira comandou o recuo de Cazares. O jogador que estava colado em Maicosuel, Robinho e Pratto, passou a encostar em Júnior Urso e Leandro Donizete, que não conseguiam suportar a pressão do ataque adversário e perdiam a bola com facilidade. Isso deu certa tranquilidade para o Galo que passou a ter mais qualidade na saída de bola. Com Cazares no comando, os donos da casa conseguiram a igualdade na marca dos 15 minutos.

Aos 16, em boa falta do Galo na entrada da área, Maicosuel mandou na área e Marcelo Oliveira apareceu na última hora para tirar a bola da cabeça do atacante Lucas Pratto. Na sequência do escanteio tirado por Geromel, contra-ataque. E boa parte dessas rápidas descidas tricolores acontecia pela direita, nas costas de Carlos César.

Aos 22, o Grêmio voltou a mostrar perigo. Novamente nas costas do lateral direito atleticano, Carlos César, que falhava constantemente no momento da recomposição. Desta vez, a bola sobrou para Douglas que chutou forte, no canto, e Victor se esticou para tirar para escanteio. E parte daquele problema dos minutos iniciais voltava. Mesmo com Marcelo Oliveira atrasando a linha de jogo de Cazares, o Grêmio também passou a marca-lo e a equipe preto e branca voltava a encontrar dificuldades na saída. Resultado: chutão.

Aos 29 o resultado: o Grêmio chegou trocando passes, com velocidade, com capacidade, e, na cara do gol, Pedro Rocha teve calma suficiente para driblar o jovem Gabriel e ficar de frente com Victor. A vantagem tricolor em Belo Horizonte, neste momento, mostrava a realidade do jogo, com o Atlético pouco eficaz e o Grêmio com a mesma proposta.

Dois minutos depois o Atlético teve a oportunidade clara de empatar. Em uma das poucas vezes que a defesa gremista falhou, a bola foi cruzada na área e Geromel tirou, sem perceber que seu goleiro estava chegando para fazer a defesa. A redonda sobrou para Maicosuel que soltou o pé, mas a bola subiu demais. Aos 35, o Grêmio voltou a apresentar grande perigo. Wallace lançou Luan, nas costas de Erazo, e chutou, quase sem ângulo. A bola passou perto.

Em duas oportunidades, o Atlético criou boas chances, em ambas com Cazares, nas duas perdidas com lançamentos mal feitos. O Grêmio passou a ficar mais acuado.

Aos 41, o Grêmio, mais uma vez, chegou. E novamente, com facilidade. Em troca de passes no campo de ataque, a bola chegou em Pedro Rocha, novamente e ele tirou de Victor com qualidade, por cima. O zagueiro Gabriel se esticou todo para tirar a redonda e evitar mais o gol tricolor. E a resposta aconteceu 30 segundos depois. O Galo desceu com velocidade e a bola ficou com Júnior Urso, mas Grohe tirou para escanteio.

Já nos acréscimos chegou a hora do goleiro Victor aparecer. Isso porque seu time foi para o ataque, mas perdeu a bola e viu o contra-ataque rápido do Grêmio. Mais uma vez Pedro Rocha ficou de cara para o gol, mas na frente dele, o camisa 1 alvinegro apareceu para salvar o que seria o segundo gol gremista.

As equipes foram para os vestiários da seguinte maneira: o Grêmio viu seus poucos torcedores, minoria no Mineirão, comemorando. Os atleticanos escutavam: “Eu quero raça, do time todo”, enquanto ganhavam o intervalo para reflexão do primeiro tempo.

Segundo tempo

Se na saída do intervalo o grito era de “raça”, na volta à torcida atleticana seguia acreditando: “O Galo é o time da virada, o Galo é o time do amor”. O time focou suas atenções. Logo aos 2 minutos, Pratto levou grande perigo e, por pouco, não abriu o marcador atleticano.

As propostas de jogo, no entanto, seguiam as mesmas, assim como as dificuldades e facilidades de um lado e outro. Aos 9, Pedro Rocha fez seu segundo e o segundo do Grêmio no jogo. Em jogada individual, o atacante driblou três e saiu na cara do goleiro Victor. Para tentar mudar alguma coisa, Marcelo Oliveira tirou Cazares do time e lançou Clayton. O camisa 11 deixou o gramado com vaias da torcida.

O Grêmio seguia melhor em campo, mais imponente, mais eficaz, mais time. O Atlético, que apostou em vários momentos do ano em suas individualidades, não teve neste jogo. As melhores chegadas alvinegras não ofereciam tantos riscos.

Após a expulsão do atacante Pedro Rocha, o Atlético passou a dominar mais a partida. Mas ainda assim encontrava dificuldades em furar o bloqueio criado pela defesa tricolor.

Eu Acredito!

Aos gritos de “Eu Acredito” que o Galo foi pra cima do Grêmio. A defesa tricolor se segurava da maneira que podia, mas a retranca durou até 36 do segundo tempo. O jovem Gabriel aproveitou cobrança de escanteio para encher o pé e dar o primeiro gol atleticano.

A torcida alvinegra parou de acreditar no fim do segundo tempo. Isso porque Everton recebeu a bola na cara do gol, em contra-ataque e só empurrou para dar o terceiro gol gremista.

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