Políticos que pretendiam disputar as eleições \\\"cochilam\\\" e perdem o prazo para filiação partidária
Elias Lima \\\"Besouro\\\" e Ronildo Andrade estão entre eles
O prazo de filiação partidária para os que pretendiam disputar as próximas eleições findou no último dia 2 de abril, e o da submissão das listas pelos partidos, no dia 14. Depois de vencido todos os prazos, vários políticos que haviam saído de seus partidos para buscar uma nova legenda “cochilaram” e acabaram ficando sem partido. Alguns só se deram conta hoje de que o prazo para a mudança de partido havia terminado, depois que O Folha de Minas divulgou alguns nomes que se apresentavam como pré-candidatos e estavam sem filiação.
Agnaldo Vieira Gomes, o Agnaldo Enfermeiro, foi o primeiro a saber que estava sem filiação. Ele disputou as eleições pela primeira vez em 2012, pelo PV e teve 502 votos e já estava trabalhando a sua base eleitoral. Agnaldo ficou surpreso quando recebeu a informação de que estava fora da disputa desse ano.
De acordo com Agnaldo, após tomar conhecimento da notícia ele procurou o Cartório Eleitoral e foi surpreendido com um pedido de desfiliação protocolado na Justiça Eleitoral no dia 2 de abril, último dia para os que pretendiam disputar as eleições se filiarem ao partido pelo qual desejavam disputar. Agnaldo, que estava filiado ao PRTB desde o dia 30/09/2015, garante que a carta de desfiliação protocolada no Cartório Eleitoral pedindo o seu desligamento da sigla não foi assinada por ele, que no local onde deveria constar a sua assinatura há uma falsificação grosseira que nada tem a ver com a sua caligrafia. Ele suspeita que no seu caso o que houve foi uma manobra para deixa-lo fora da disputa
A denúncia de Agnaldo, da existência desse documento falsificado, é preciso ser investigada pela Justiça, identificando e punindo os responsáveis, sob pena de se registrar uma fragilidade do sistema e causar insegurança a todos os partidos e candidatos. Além do mais, a falsificação deste documento não pode passar despercebida e há inúmeras maneiras da Justiça chegar aos culpados. É bom lembrar que a Delegacia de Polícia tem um banco de dados com as digitais de todos os cidadãos e facilmente será encontrado nesse documento as digitais de quem assinou e de quem levou ao Cartório Eleitoral para ser protocolado. Descobrindo quem assinou, facilmente chegarão ao mandante, que certamente não é o mesmo que assinou nem que levou ao Cartório.
O certo é que essa investigação é necessária para dar segurança ao sistema e punir os responsáveis. O cidadão deve ter o seu direito assegurado pela Justiça Eleitoral e, neste caso, pela Justiça Comum, já que não envolve diretamente o processo eleitoral e sim a retirada, de maneira fraudulenta, de um pré-candidato que pretendia disputar as eleições. Todo filiado deve ter assegurado o direito de sair do seu partido e migrar para qualquer outra sigla onde entenda como viável para sua eleição ou onde se identifique mais com a ideologia política, sem risco de retaliação.
Outro que também já estava trabalhando como pré-candidato nas ruas e está sem filiação é Elias Reis de Lima, o “Elias Besouro”, que assim como Agnaldo Enfermeiro, também havia saído do PV para migrar para outra sigla.
O ex-vereador e secretário adjunto do governo Damon, Ronildo Andrade de Souza “Capilé”, também trabalhava firme a sua pré-candidatura e está sem filiação. Todos foram surpreendidos com a informação levantada pelo O Folha de Minas no site do TSE. Até ontem, eles trabalhavam suas candidaturas.
De acordo com a lei 9.504/97, no artigo 9°, “para concorrer às eleições, o candidato deverá possuir domicílio eleitoral na respectiva circunscrição pelo prazo de, pelo menos, um ano antes do pleito, e estar com a filiação deferida pelo partido no mínimo seis meses antes da data da eleição”, ou seja, deverá estar filiado no partido pelo qual deseja disputar até o dia 2 de abril.
Desta forma, Agnaldo Enfermeiro, Elias Lima “Besouro” e Ronildo Andrade “Capilé” estão fora da disputa, já que o prazo para estar filiado em um partido e disputar as eleições encerrou no dia 2 de abril.
No caso de Agnaldo Enfermeiro ainda cabe recurso, podendo haver uma reversão da situação caso o Juiz Eleitoral entenda que ele foi prejudicado e que não pode ter o seu direito político da disputa cerceado por um documento que, segundo ele, foi falsificado e culminou na sua desfiliação da sigla.
Outros políticos que disputaram as eleições passadas e eram esperados como candidatos nesse ano também estão sem filiação partidária.
Comentários
DAMON EM TODAS SUAS ENTREVISTA DIZIA QUE O MARMITA É O FERA DO SEU PIFIO GOVERNO,CADÊ A ABILIDADE POLITICA DO MARMITA??? NÃO TEVE COMPETÊNCIA DE FILIAR OS SEUS POSSIVEIS CANDIDATOS A VEREADOR,NA BASE DO PIFIO GOVERNO DAMON.
Isto que aconteceu com o Aguinaldo é bom para ele deixar de ser puxa-saco do Damon, do Jadirão e do Marmita. Se fosse um pouco inteligente ia para a justiça e ia parar gente na cadeia. Falsificar documento é crime, fizeram com ele por que acham ele com cara de bobo. Só ele não é capaz de imaginar quem pode ter feito isso. Agora, uma cara desse jeito merece ser nosso representante, se não consegue defender seus próprios interesses? Acho errado isso, mas é besta, tenho certeza que estão passando melado na boca dele e dando ele outras pistas para que ele não corra atrás. Vão atrapalhar ele para que isso não seja apurado. Tem muita gente morrendo de medo, tenho certeza. Tem gente do partido dele que está dizendo que sabe quem fez. Por que não entregam para justiça, acho que estão dizendo para desviar o foco.