PIB de Minas tem queda de 4,9%, maior desde 2003
O maior contribuinte para o resultado negativo foi a indústria, que recuou 9,1%, puxada pelos setores de máquinas e equipamentos, que caiu 38%, e de veículos, com queda de 33,1%
Todos os setores da economia mineira apresentaram queda e o resultado foi uma queda de 4,9% no Produto Interno Bruto (PIB), a maior já registrada desde que a Fundação João Pinheiro começou a pesquisa, em 2003.
O maior contribuinte para o resultado negativo foi a indústria, que recuou 9,1%, puxada pelos setores de máquinas e equipamentos, que caiu 38%, e de veículos, com queda de 33,1%. “São setores muito importantes para a economia mineira. No caso das máquinas, a redução indica que novas quedas virão no futuro, pois mostra que não há investimentos ligados a bens de capital”, destaca o pesquisador da FJP e professor de microeconomia do Ibmec, Glauber Silveira.
O agronegócio caiu 2,3%. Segundo Silveira, o resultado foi fortemente influenciado pelos recuos na produção de café e cana-de-açúcar, itens muito relevantes na pauta agrícola do Estado. O setor de serviços também teve forte desaceleração. O setor como um todo caiu 2,8%. Os reflexos em cascata podem ser vistos nos números do comércio, com retração de 7,9%.
O transporte recuou 5,4%. “O índice de confiança do consumidor está em níveis de baixa históricos. Por conta do cenário político, as pessoas temem perder os empregos e deixam de comprar”, explica Silveira.
“O aumento da inflação diminuiu o poder de compra das famílias ao longo de 2015. Além disso, os juros elevados dificultaram o acesso do consumidor ao crédito, fator que inviabilizou as compras de produtos de maior valor agregado”, afirma o presidente da Câmara de Dirigentes Lojistas (CDL-BH), Bruno Falci.
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