O suplente de vereador Allain Gomes (PDT) tomou posse nesta quarta-feira (14) depois que titular do mandato Carlos Henrique da Silva, o Carlinhos Sacolão (PP), renunciou ao cargo. O motivo da renúncia de Carlinhos Sacolão é a condenação confirmada em segunda instancia no TJMG a seis anos, quatro meses e cinco dias de prisão pelo crime de incêndio. No dia 6 de outubro de 2006 Carlinhos incendiou a casa de uma amante na cidade de Santa Maria de Itabira motivado pelo “sentimento de inconformismo com o fim do relacionamento extraconjugal que mantinha com a vítima que, inclusive, já foi ameaçada”.

Após assinar o termo de posse Allain Gomes usou a tribuna do plenário e prometeu trabalhar a favor da comunidade com independência e ética. “Não tenho vínculos com o governo atual. As matérias boas para a cidade terão meu apoio e pretendo implantar uma nova política com tudo aquilo que acho correto. Temos que mudar muitas coisas e acho que poderei mostrar o trabalho, apesar de pouco tempo no mandato”, disse Allain.

Allain tomou posse prometendo independência e ética. (Foto Divulgação)

O novo vereador vai enfrentar já na primeira sessão um plenário lotado. As reuniões da câmara têm sido movimentadas desde que o vereador Bernardo Mucida (PSB) protocolou no dia 15 de setembro o pedido de impeachment do prefeito Damon que é acusado de várias irregularidades. Desde então a população vem marcando presença em todas as reuniões esperando que a qualquer momento o presidente da câmara Solimar José da Silva (Solidariedade) possa colocar a matéria em votação.

Depois de 34 dias de negociação, nesta terça-feira (20), a matéria será levada ao plenário para ser apreciada pelos vereadores que irão decidir na maioria simples pelo seguimento do processo ou pelo arquivamento.

Segundo pessoas ligadas ao prefeito, esta matéria não preocupa mais o governo que já da como certo o arquivamento. Temendo a reação da população que tem demonstrado revolta no plenário, o secretário de governo Ermitom Machado Gomes “Marmita” solicitou para esta reunião um forte aparato policial para dar segurança aos vereadores durante a votação.

Indiferentemente do resultado da votação é preciso que a população mantenha a ordem e que a insatisfação seja expressa nas urnas. Assim comporta uma sociedade ordeira e democrática.  Além do mais, mesmo com o arquivamento do processo, nada impede que as denúncias sejam reapresentadas.