Política

Vereadores terão que decidir amanhã pela apuração de denúncias contra Damon ou arquivamento

A Câmara de Vereadores de Itabira irá decidir na reunião de amanhã (22) se aprovam o pedido de investigação sobre as denúncias que pesam contra o prefeito Damon Lázaro de Sena (PV) ou se arquivam o pedido protocolado na última terça-feira (15) pelo vereador Bernardo Mucida (PSB). O prefeito Damon é acusado de favorecer doadores de campanha, de tratar relaxadamente a administração pública, deixar de repassar recursos para hospitais e SAMU e descumprir a legislação que rege a administração.

O processo para investigar o prefeito depende da aprovação dos vereadores, com voto da maioria simples. A informação é de que nove vereadores prometem desta vez votar favorável pela apuração dos fatos. Mesmo assim, é necessário que a população lote o plenário da câmara para ver quais são os vereadores que vão votar contra a apuração das denúncias ou abster-se do voto, o que seria fugir a responsabilidade que assumiram com a população, pois o voto desta terça-feira é apenas para permitir a investigação dos fatos. Além do mais, o prefeito poderá durante o processo apresentar documentos, arrolar testemunhas e se defender de todas as acusações. O voto que vai cassar ou absolver o prefeito será o da última sessão que irá deliberar sobre o pedido de impeachment, depois de ter dado ao prefeito o amplo direito de defesa durante todo o processo.

Damon teme este processo e vai tentar de todas as formas impedir que ele seja aceito pelos vereadores na reunião de amanhã porque sabe que o seu governo foi o que mais arrecadou em toda a história de Itabira. Em 2013 a prefeitura arrecadou R$498.122.971,93; em 2014 foram R$491.109.148,99 e apenas nos dois quadrimestres deste ano Damon já arrecadou R$ 298 milhões, podendo chegar à cifra de R$ 410 milhões, batendo todos os recordes de arrecadação. Mesmo assim o prefeito decretou no último dia 10 estado de calamidade financeira no município. A informação é de que Damon quer com isso contrair um empréstimo milionário e se conseguir, poderá comprometer todo o orçamento do município por vários anos e ai sim Itabira irá mergulhar em uma crise financeira sem precedentes. Com o decreto de calamidade financeira Damon fica autorizado a contrair empréstimos, romper contratos, suspender pagamentos e demitir funcionários, dentre outras ações.

Gráficos mostram arrecadação nos primeiros 2 anos de mandato
Gráfico mostra a arrecadação nos primeiros 2 anos de mandato.

 

A população, principal interessada, não pode deixar a decisão apenas nas mãos dos vereadores. É preciso que os cidadãos lotem a câmara para acompanhar o voto de cada um e saber quem votou a favor da apuração e quem votou contra. Os vereadores que votarem contra o povo não merecem mais do itabirano um voto de confiança nas próximas eleições, mas é preciso considerar que o partido do qual eles fazem parte também é responsável. Por isso não pode o eleitor culpar o vereador e isentar o partido.

O Folha de Minas vai acompanhar todo o processo e colocar à disposição do eleitor os nomes dos vereadores, os votos e seus respectivos partidos. Não iremos nos furtar da responsabilidade de informar para que o eleitor conheça a posição de cada um e se conscientize da importância do voto útil nas próximas eleições.

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