O ministro-chefe da Secretaria de Aviação Civil, Eliseu Padilha, que integra a coordenação política do governo, disse, há pouco, que não há tentativa de isolar o presidente da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), por causa da aprovação na Casa das chamadas pautas-bomba, medidas que implicam aumento de gastos públicos.
Padilha participa de almoço com o vice-presidente e articulador político do governo, Michel Temer, no qual estão presentes também Eduardo Cunha e representantes da bancada peemedebista da Casa. O almoço é na casa do chefe de gabinete da Secretaria de Relações Institucionais da Presidência, Tadeu Filipelli.
“O fato de o presidente Eduardo Cunha estar aqui mostra que estamos com a bancada inteira integrada, inclusive com o presidente da Câmara dos Deputados, que é companheiro nosso. Ele tem intimidade com todos os deputados, e estranho seria ele não estar aqui”, afirmou Padilha.
O ministro informou que o governo está trabalhando para consolidar uma base aliada mais consistente. “Nós, que estamos no governo, temos essa preocupação”, disse Padilha.
Mais cedo, o vice-presidente se reuniu com ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva e com líderes do PMDB. Participaram do encontro o presidente do Senado, Renan Calheiros (AL), o ex-presidente José Sarney e os senadores Romero Jucá (RR), Eunício Oliveira (CE) e Jader Barbalho (PA), além dos ministros do Turismo, Henrique Eduardo Alves, e de Minas e Energia, Eduardo Braga. O encontro ocorreu no Palácio do Jaburu.
Temer afirmou, na ocasião, que, com as propostas apresentadas por Renan Calheiros, o Senado nunca quis se isolar da Câmara. “A sensação que tenho – e espero que isso se transforme em convicção – é que a Câmara vai colaborar com uma agenda positiva, porque a Casa também é preocupada com o país. Lá estão os representantes do povo brasileiro, e ninguém quer que o Brasil vá mal.”
“Ele [Renan] jamais quis isolar o Senado em relação à Câmara. Ao apresentar a proposta, a ideia era chamar a Câmara dos Deputados. É que vou fazer agora com os deputados do PMDB”, disse Temer, após o café da manhã.
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