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Mala encontrada na Ilha Reunião aumenta suspeitas sobre localização de voo da Malaysia airlines

O mistério sobre o desaparecimento do voo MH 370 da Malaysia Airlines parece estar chegando ao fim. Após encontrarem um destroço que poderia ser uma parte da asa da aeronave, uma mala com rodinhas foi encontrada no mesmo local, pela mesma equipe de limpeza, nas Ilhas Reunião, no Oceano Índico, nesta quinta-feira, aumentando ainda mais as especulações sobre a localização do avião.

De acordo com o “Le journal de L´ílê de la Réunion”, funcionários de uma associação do município de Saint-André (no leste da ilha), responsáveis pela limpeza da orla, encontraram a peça nesta quarta-feira pela manhã, e a mala nesta quinta-feira.

 Funcionários que atuam na limpeza da ilha encontraram a mala com rodinhas (Foto: AFP PHOTO/Linfo.re/Antenne Réunion)
Funcionários que atuam na limpeza da ilha encontraram a mala com rodinhas (Foto: AFP PHOTO/Linfo.re/Antenne Réunion)

O ministro de Transportes da Malásia, Dato Sri Liow Tiong Lai, anunciou que enviou uma equipe ao local para investigar. "É preciso verificar os destroços antes que possamos confirmar se eles pertencem ao MH370", disse ele, dizendo ter esperança de estabelecer uma identificação "o mais rapidamente possível".

A agência francesa de investigação sobre acidentes aéreos também está analisando se o pedaço de avião pertence ao MH 370. Uma pessoa com conhecimento do assunto disse à Reuters que a parte encontrada é quase certamente de um Boeing 777, mas que ainda não foi estabelecido se o destroço pertence ao voo MH 370.

O vice-primeiro-ministro australiano, Warren Truss, disse para a rede de TV "ABC" que a descoberta é muito significativa."É a primeira evidência real de que há uma possibilidade que parte da aeronave tenha sido encontrada. É muito cedo para fazer esse julgamento, mas claramente nós estamos tratando isso como uma grande vantagem", disse.

Truss também afirmou que os destroços podem ter sido levados para o local, segundo as coordenadas do avião. Investigadores da Austrália concluíram que a aeronave possa ter caído ao sul do Oceano Índico, a cerca de 2 mil km de Perth.

Familiares esperam que as buscas continuem

Familiares das vítimas também comentaram as novidades nas investigações. Irene Burrows, cujo filho, Rodney, estava a bordo com a esposa, Mary, disse para a rede "ABC" que a descoberta trouxe de volta muitas memórias. "Esperamos descobrir em breve, de uma forma ou de outra, e acabar com toda a incerteza. Espero que a procura continue até que encontrem todas as peças, e sinto que vão, porque não somos apenas nós que queremos saber. As companhias aéreas e todas as famílias também querem", desabafou.

Já Sarah Bajc, cujo namorado Philip estava no avião, afirmou para o "NBC News" que perdeu as esperanças. "Minha reação inicial foi de não ter certeza se acredito nisso porque tivemos muito alarmes falsos. Se a peça é do avião, qualquer esperança que eu poderia ter de que esse avião tenha pousado em segurança em algum lugar fica mais difícil de acreditar. Meu fio de esperança foi embora", lamentou.

Uma autoridade norte-americana disse que os investigadores de segurança aérea têm um "alto grau de confiança" de que o pedaço é do mesmo modelo do avião da Malaysia Airlines, segundo a agência de notícias "Associated Press".

O especialista Xavier Tytelman, que divulgou as primeiras imagens da peça que seria da aeronave, verificou semelhanças entre ela e o Boeing 777. Ele escreveu em seu blog que há referências na peça que correspondem ao registro de um avião ou a um número de série. Sendo assim, se a peça for do avião sumido, ele acredita que será rapidamente identificada.

Segundo a agência de notícias "AFP", a peça mede 2 metros. O Boeing 777 desapareceu em março de 2014 com 239 passageiros e tripulantes, e se tornou um dos maiores mistérios da história da aviação. O voo seguia de Kuala Lumpur, na Malásia, para Pequim, na China, e a maioria dos passageiros eram chineses.

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