O consumo nacional de gás natural veicular (GNV) caiu 3% de janeiro a setembro deste ano, comparado a igual período de 2013, segundo a Associação Brasileira das Empresas Distribuidoras de Gás Canalizado (Abegás). O motivo da queda, segundo a entidade, foi a falta de incentivos oficiais ao uso do combustível, que é mais barato em relação à gasolina e ao etanol, mas depende da instalação de equipamentos específicos, conhecidos como kit gás.
O consumo de GNV caiu de 5 milhões de metros cúbicos por dia (m³/d), em 2013, para 4,9 milhões de m³/d, em 2014 - uma redução de 100 mil m³/d. Atualmente, segundo a Abegás, a frota brasileira movida à gás tem 1,7 milhão de veículos, 45% deles no estado do Rio de Janeiro.
De acordo com a Abegás, para aumentar o uso de GNV é necessário haver desconto no Imposto sobre Propriedade de Veículos Automotores (IPVA), em todos os estados, para quem usar o combustível, como ocorre no Rio, além de uma linha de crédito para conversão de veículos para GNV, desoneração tributária dos equipamentos que compõem o kit gás e incentivo às montadoras para a venda de veículos a GNV de fábrica, a exemplo do que acontece em países da Europa.
A utilização de GNV é importante para o país, de acordo com a Abegás, porque além de ser um combustível mais limpo, garante menor importação de gasolina e diesel, ajudando a equilibrar a balança comercial. Em teste com motoristas de táxi, recentemente, em São Paulo, a associação constatou que o uso de GNV é 61,1% mais barato do que o de gasolina e 59% mais em conta do que o de de etanol.
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