Mercado reduz previsão da inflação para 4,86%, mas índice segue acima da meta
Estimativa para o PIB em 2025 cai de 2,21% para 2,18%, segundo Boletim Focus

Brasília - O mercado financeiro voltou a reduzir a previsão para a inflação oficial do país em 2025. A estimativa para o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) passou de 4,95% para 4,86%, conforme dados divulgados pelo Banco Central (BC) nesta segunda-feira (25), em Brasília. Esta é a décima terceira queda seguida no indicador, segundo o Boletim Focus.
Apesar da sequência de revisões para baixo, a projeção segue acima do teto da meta estabelecida pelo Conselho Monetário Nacional (CMN), que é de 3% ao ano, com tolerância de até 4,5%. Para 2026, a expectativa de inflação também foi reduzida, de 4,4% para 4,33%. Já para 2027 e 2028, o mercado projeta índices de 3,97% e 3,8%, respectivamente.
Em julho, o IPCA registrou alta de 0,26%, pressionado principalmente pelo aumento da energia elétrica. No acumulado de 12 meses, a inflação oficial atingiu 5,23%, acima do limite da meta.
Taxa de juros
A taxa Selic está mantida em 15% ao ano, após sete aumentos consecutivos. O Comitê de Política Monetária (Copom) sinalizou que pode retomar a elevação caso haja necessidade de conter pressões inflacionárias, em meio às incertezas ligadas à política comercial dos Estados Unidos.
De acordo com o Focus, os analistas projetam que a Selic termine 2025 em 15% ao ano, recuando para 12,5% em 2026. Para 2027 e 2028, a expectativa é de novas reduções, chegando a 10,5% e 10% ao ano.
PIB e câmbio
A previsão para o crescimento da economia brasileira em 2025 também sofreu revisão, passando de 2,21% para 2,18%. Para 2026, a estimativa é de 1,86%. Nos anos seguintes, o mercado prevê expansão de 1,87% (2027) e 2% (2028).
O Produto Interno Bruto (PIB) brasileiro cresceu 1,4% no primeiro trimestre de 2025, impulsionado pela agropecuária. Em 2024, a economia avançou 3,4%, a quarta alta anual seguida.
Quanto ao câmbio, a projeção é que o dólar encerre 2025 cotado a R$ 5,59. Para o fim de 2026, a expectativa é de R$ 5,64.
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