Papa faz apelo por diálogo entre Israel e Irã e cobra “responsabilidade e razão”
Pontífice pede esforços pela paz e condena ameaças à existência de nações em meio à escalada de tensão no Oriente Médio

Brasília - O papa Francisco fez neste sábado (14) um apelo direto para que Israel e Irã recuem de qualquer caminho que leve à guerra e priorizem o diálogo como alternativa para preservar o bem comum. A declaração foi publicada em nota oficial do Vaticano, em meio ao aumento das tensões entre os dois países nas últimas semanas.
“Continuam chegando notícias que causam grande preocupação. A situação no Irã e em Israel se deteriorou gravemente e, em um momento tão delicado, desejo renovar veementemente um apelo à responsabilidade e à razão”, afirmou o pontífice.
Na mensagem, Francisco ressaltou que nenhuma nação deve ameaçar a existência da outra, destacando que o diálogo deve prevalecer sobre o confronto. Ele também defendeu que a construção de um mundo mais seguro, livre da ameaça nuclear, passa pelo compromisso mútuo entre os países.
“É dever de todos os países apoiar a causa da paz, abrindo caminhos de reconciliação e promovendo soluções que garantam segurança e dignidade para todos”, declarou o líder da Igreja Católica.
Escalada de tensões
O apelo do papa ocorre em um momento de forte deterioração nas relações entre Israel e Irã. Nas últimas semanas, os dois países têm trocado acusações públicas e ações militares indiretas, ampliando o risco de um confronto mais amplo na região do Oriente Médio.
A hostilidade entre Israel e Irã remonta à Revolução Islâmica iraniana, em 1979, e se intensificou nas décadas seguintes com disputas ideológicas, apoio a grupos armados e desconfianças em torno do programa nuclear iraniano. Segundo análise do International Crisis Group, a escalada atual é uma das mais sensíveis dos últimos anos, envolvendo ataques com drones e retaliações que preocupam a comunidade internacional.
O papa, que desde o início de seu pontificado tem se posicionado firmemente contra guerras e ameaças nucleares, reiterou que a diplomacia e o respeito entre as nações são os únicos caminhos possíveis para uma paz duradoura.
Comentários