Cultura e Entretenimento

Atriz e cordelista Bianca Freire leva seu espetáculo “3 Contos de Amor” ao Memorial Vale

Dirigida por Mariana Arruda, do grupo Maria Cutia,a peça estará em cartaz no museu na quinta-feira, 14 de março

Foto: Carlos Henrique Macedo - 

Belo Horizonte  - “Um espetáculo que vem sendo construído desde que eu nasci”, é dessa forma que a atriz, palhaça e cordelista do Vale do Jequitinhonha, Bianca Freire, dá o tom de “3 Contos de Amor”, montagem que apresenta ao público do Memorial Vale na quinta-feira, 14 de março, às 19h30. Fruto de cordéis de sua autoria, a artista costura memórias familiares, costumes, expressões regionais e brincadeiras. A apresentação gratuita integra o projeto Gerais Cultura de Minas e os ingressos podem ser retirados 1 hora antes do evento (apenas um por pessoa).

O Memorial Vale, um dos espaços culturais do Instituto Cultural Vale, fica na Praça da Liberdade, em Belo Horizonte, e tem entrada gratuita. Saiba mais em https://memorialvale.com.br/pt/ .

Radicada em Belo Horizonte, desde 2012, a atriz resgata suas origens e o estado de brincar, trazendo para a cena três cordéis. “Meu pé de Algodão”, “É cordeiro ou cabrito?” e “Têra sanfonêra” (premiado no concurso de poesia do Festival da Cultura Popular do Vale do Jequitinhonha - Festivale), são contadas por meio de rimas, audioversos, poesia e música. “O espetáculo é inspirado na minha infância no Vale (do Jequitinhonha). Um cordel é em homenagem a minha avó, outro sobre ‘mãinha’ que foi noviça e o terceiro baseado na minha família por parte de pai, e que fala de um amor impossível. Quando vim para BH, a cidade exigiu de mim uma formalidade, na qual fui entrando e perdendo um pouco dos meus laços e do meu sotaque. Então, nesse solo falo do lugar de onde eu vim, o estado de brincar e de poesia, escrevendo uma grande carta aberta”, elucida a atriz, que se diz artista do cotidiano.

Com direção de Mariana Arruda, atriz e uma das fundadoras do grupo Maria Cutia, a peça inicia com Bianca em um figurino que representa as bonecas típicas do Vale do Jequitinhonha. “Desde os primeiros contatos que tive com os textos da Bianca fiquei encantada. Dirigir uma atriz tão potente em cena, com palavras carregadas da história dela no Vale, de referências a sua família é inspirador. Sempre ressalto toda a forte referência que esse território de extrema poesia Mineira teve na fundação do Maria Cutia. Fazer teatro é viajar por outros mundos, mas sempre em encontro com os nossos mundos. E Bianca mergulha fundo nisso”, comenta a diretora.

Sobre a autora
Bianca Freire é atriz, palhaça e cordelista. Cresceu em Virgem da Lapa, no Vale do Jequitinhonha, onde mora sua inspiração artística para esse espetáculo. Formou-se em teatro pelo TU em 2021, onde dedicou-se à pesquisa de máscaras expressivas sob orientação do diretor Fernando Linares durante e após sua formação. Estudou Ciências Sociais, Letras e largou tudo para ser palhaça. Desde 2022 estuda palhaçaria com o Grupo Maria Cutia. Está em cena no espetáculo "Gold" da Cia Tuk Tuk e foi premiada no concurso de poesia do Festival da Cultura Popular do Vale do Jequitinhonha (Festivale) em 2022. Seu cordel "Têra Sanfonêra" foi publicado no livro Antologia Poética - 25ª Noite Literária e está em cena no solo “3 Contos de Amor”.

Memorial Minas Gerais Vale
Endereço: Praça da Liberdade, nº 640, esquina com Rua Gonçalves Dias, Savassi.
Horário de funcionamento: Quarta, sexta e sábado: das 10h às 17h30, com permanência até as 18h. Quinta, das 10h às 21h30, com permanência até as 22h. Domingo, das 10h às 15h30, com permanência até as 16h. Entrada Gratuita

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