Brasil

“Vagina mais bonita do Brasil”

Da esquerda à direita, respectivamente, Maitê, Anni e Lara, 1º, 2º e 3º lugares no concurso (Foto:Reprodução/Instagram)

Inédito, fantástico, extraordinário. A realização do “Concurso Vagina Mais Bonita do Brasil” saiu do restrito círculo oculto dos sites exclusivos de assinantes para o mundo, contagiou redes sociais e encheu espaços de jornais e revistas. Desde domingo, 28/11, a sul-mato-grossense Maitê Sasdelli, campeã do evento, é a personagem mais “cobiçada” na internet. A busca por imagem ou vídeo da premiada vulva dela tem alcançando altos recordes para visualização no planeta virtual. A modelo, ainda sob efeito da surpresa, disse que “para mim, no momento em que recebi o convite e decidi participar, eu nem imaginava o alcance que isso ia ter; até porque o concurso foi realizado por uma plataforma privada de assinantes. O que mais me surpreendeu foi que eu não tinha noção de que tantos fãs torciam por mim”.

Ingênua ou modesta na declaração? O fato é que Maitê é conhecedora do ramo, pois já exerce a função de influenciadora digital de conteúdo sensual. E Ana Otani, que administra o site para adultos, também influenciadora e escritora de contos eróticos, não encontrou resistência nela para participar do concurso. O evento contou com 16 mulheres e o “eleitor” teve que fazer cadastro no site por assinatura mensal de R$ 69,00. Isso garantiu o direito de examinar detalhes de cada vagina, virtualmente, e clicar na imagem da candidata preferida. A modelo Maitê obteve 59,3%, seguida da mineira de Belo Horizonte, Anni Parreiras, com 28,8% e da paraibana Larissa Barbosa, que ficou com 11,9%. O prêmio à vencedora foi de R$ 5.000,00.

Para a promotora do concurso, Ana Otani, do Only Fans, fotos e vídeos agradaram em cheio assinantes, que, diariamente, auferiam uma foto íntima diferente das candidatas, sem saber quem era mulher das imagens. O processo é conhecido por votação “às cegas” e, assim, a cada etapa do concurso, uma candidata era eliminada. Até que restaram à final Maitê, Anni e Larissa.

A modelo sul-mato-grossense e influenciadora se diz realizada em ser coroada com o título de “Vagina mais Bonita do Brasil”. Afirmou que “até agora estou tentando lidar com muita calma, mas, também, com muita euforia, pois me tornei a representação nacional deste tipo de concurso. O que me possibilitou também ter visibilidade, que era tudo o que eu buscava como criadora de conteúdo adulto. Sinto que meu trabalho de seis meses agora me permite colher os frutos. Todo o investimento que fiz até participar do concurso da Ana, que é muito famosa, me trouxe isso”. As assinaturas para ver suas fotos e vídeos custam a partir de 12 dólares.

A paranaense do Balneário Camboriú, Santa Catarina, Ana Otani, ganhou projeção no país e no exterior ao tentar “leiloar a virgindade” por meio de rifa depois de fazer ninfoplastia, que é cirurgia plástica para redução dos pequenos lábios vaginais. A rifa da virgindade não vingou por caracterizar crime de exploração sexual. E, como ela diz agora, para movimentar as redes sociais decidiu lançar concurso da vagina mais bonita, em disputa on-line entre assinantes da sua plataforma de conteúdo adulto.
Em meio a comentários nos “pés” das matérias nos jornais sobre o excêntrico concurso, uma leitora indaga: “Concurso de vagina mais bonita do Brasil? Não viram a minha”. Outra leitora pergunta “quais os critérios prá essa eleição. A vagina tem que ser engajada com projetos sociais, ter carisma, ter penteado da hora; com ou sem preenchimento labial?”

Festival de Pênis se realiza anualmente na cidade japonesa de Kawasaki (Foto: Divulgação)

Incomum no Brasil, o evento promovido por Ana Otani, tem similar na cidade japonesa de Kawasaki, com o órgão masculino, onde anualmente é realizado o tradicional “Festival do Pênis”. Tem a finalidade de celebrar a fertilidade masculina, com japoneses desfilando junto a esculturas em formato de pênis gigante. O público tem a oportunidade de se deliciar com guloseimas, como doces, que imitam “partes íntimas masculinas”. É possível encontrar também todo tipo de objeto fálico durante o evento, denominado Kamamara Matsuri, entre os quais chaveiros e bombons. A arrecadação proveniente do “Festival do Pênis”, com a venda de produtos, se destina à pesquisa sobre infecções sexualmente transmissíveis. 

Comentários