Coordenador de Enfermagem da Prominas participa de diagnósticos do Novo Coronavírus em Montes Claros
“A maneira mais viável de contribuir, na nossa percepção, foi a realização de testes. Havia uma demanda muito grande de pacientes que precisavam dos resultados; de saber se estavam contaminados ou não.”
Diante do aumento do número de casos de COVID-19 em Montes Claros, uma equipe entrou em ação para ajudar no combate e no diagnóstico da doença. São eles os profissionais do laboratório de pesquisas do Programa de Pós-Graduação em Ciências da Saúde da Universidade Estadual de Montes Claros (Unimontes).
Um dos integrantes dessa turma é o coordenador do curso de Enfermagem das Faculdades Prominas, Daniel Silva Moraes, que também é enfermeiro e doutorando na área. De acordo com o profissional, foi vista a necessidade de engajamento pelos coordenadores e componentes do laboratório, como uma maneira de contribuição nesse cenário.
“A maneira mais viável de contribuir, na nossa percepção, foi a realização de testes. Havia uma demanda muito grande de pacientes que precisavam dos resultados; de saber se estavam contaminados ou não e antes do nosso laboratório, todos os exames do município eram enviados para Belo Horizonte. Esse processo demorava no mínimo cinco (05) dias, já que a nossa capital também atende a diversas outras regiões”, explicou.
O pesquisador detalhou ainda outros aspectos necessários para que os exames ocorressem de fato e destacou a ajuda de parceiros.
“Começamos um processo de aprovação da realização desse tipo de exame pelo laboratório. A aprovação foi concedida e contamos também com o apoio de diversos outros órgãos, que nos forneceram insumos utilizados nos testes e desde então começamos as operações: passamos a fazer 400 testes por semana e entregávamos os resultados com o prazo de um dia, o que otimizou o processo e trouxe benefícios tanto sociais, como econômicos para a cidade”, disse.
O tipo de exame que é feito no laboratório é o RT-PCR, que detecta ou não a presença do código genético (RNA) do vírus no organismo do paciente, se realizado em até sete dias após o início dos sintomas. A própria Secretaria de Saúde aqui da cidade se responsabiliza pela coleta.
Tendo em vista todos esses aspectos, Daniel explanou ainda outros prós que decorreram da dedicação dos profissionais que se engajaram na iniciativa.
“Sou doutorando nesse laboratório e me dispus a participar como uma contribuição voluntária, aliás, todos que estamos envolvidos na causa, pois nem o município, tampouco o estado poderiam disponibilizar recursos para que fossem feitos esses testes, nesse momento crítico. Tal ação contribuiu para a região, já que o diagnóstico, seja ele qual for, ajuda muito no combate do vírus, porque quanto antes o resultado sair, com mais agilidade as autoridades responsáveis podem providenciar o isolamento do contaminado, direcioná-lo e também orientar quem coabitou no mesmo ambiente”, concluiu.
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